NT 2023.0004548 APLV Dessensibilização oral - NATJUS TJMG
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Data
2024-11-25
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Resumo
O tratamento envolve uso de medidas medicamentosas e não
medicamentosas, sendo importantíssimo a exclusão ou diminuição da
exposição aos agentes alérgenos. O único tratamento preconizado até
o momento para a APLV é a exclusão do alimento da dieta do paciente.
Porém é uma tarefa muito difícil, já que o leite de vaca está presente de
modo constante na culinária habitual e exige uma educação intensa e
contínua dos pais e dos pacientes com a alergia. A conduta na APLV
baseia-se fundamentalmente na exclusão da(s) proteína(s) alergênica(s)
da dieta; prescrição de dieta substitutiva que proporcione todos os
nutrientes necessários aos ciclos de vida da criança. Um bom
relacionamento do paciente alérgico/família com os profissionais de saúde
envolvidos no seu cuidado leva o paciente a adquirir conhecimento, confiança
e habilidade para assumir um papel importante no controle da doença. Há
evidências que suportam que a educação e a autogestão do cuidado
reduz a morbidade em crianças e adultos. A exclusão PLV deve ser total,
inclusive para a mãe caso a criança esteja amamentando. A opção de IT tem
sido usada como uma terapia opcional. A terapia fundamenta-se na
administração de diversas doses, gradativas e cada vez mais
concentradas, de extratos de alérgenos, aplicadas em intervalos
regulares durante um longo período, que pode variar de um a cinco anos,
até encontrar a tolerância clínica desses causadores de alergias em
pacientes hipersensíveis, de forma a reduzir a sintomatologia após a
exposição a determinado alérgeno. pode ser usada no tratamento de
algumas alergias, com o principal objetivo de diminuir o grau de
sensibilização a determinadas substâncias e, assim, inibir as reações,
por meio de dessensibilização.
Apesar de ser um novo método que tem se mostrado eficaz para a
profilaxia de doença mediada por IgE atópica, mas com resultados
pouco promissores na manutenção, ainda há controversas e geralmente
é desencorajada por expor o paciente ao risco de uma reação grave e a
possibilidade de uma reação anafilática. Estudos apontam que a
dessensibilização gera resultados positivos no tratamento de crianças
com APLV, onde cerca de 80% das crianças tratadas conseguem
adquirir tolerância parcial ou total ao leite de vaca. Entretanto,
resultados de ensaios clínicos até agora realizados não foram suficientes
para a indicação formal de ITO em pacientes com AA. Revisão da
Cochrane, inclusive citada pelo médico assistente, mostra que os
estudos até o momento envolveram um pequeno número de pacientes
e a qualidade das evidências é geralmente baixa. As evidências atuais
mostram que o ITO pode levar à dessensibilização na maioria dos
indivíduos com ALPV, embora o desenvolvimento da tolerância a longo
prazo não tenha sido estabelecido. Uma grande desvantagem é a
frequência dos efeitos adversos, embora a maioria seja leve e
autolimitada. O uso de epinefrina parenteral não é incomum. Como não
existem protocolos padronizados, diretrizes seriam necessárias antes
de incorporar a dessensibilização na prática clínica. Estudos reforçam
que esta terapia só deve ser realizada em centros de pesquisa ou em
centros clínicos com ampla experiência em ITO, quando outras terapias
são ineficazes e deve envolver a administração de alérgeno padronizado
específico em um esquema de tratamento que assegure que uma
quantidade adequada do alérgeno é injetado de acordo com um protocolo
reconhecido. Não está disponível no SUS e nem na Saúde Suplementar.