NT 2023.0004548 APLV Dessensibilização oral - NATJUS TJMG

dc.contributor.authorNATJUS TJMG
dc.date.accessioned2024-11-28T13:55:37Z
dc.date.available2024-11-28T13:55:37Z
dc.date.issued2024-11-25
dc.description.abstractO tratamento envolve uso de medidas medicamentosas e não medicamentosas, sendo importantíssimo a exclusão ou diminuição da exposição aos agentes alérgenos. O único tratamento preconizado até o momento para a APLV é a exclusão do alimento da dieta do paciente. Porém é uma tarefa muito difícil, já que o leite de vaca está presente de modo constante na culinária habitual e exige uma educação intensa e contínua dos pais e dos pacientes com a alergia. A conduta na APLV baseia-se fundamentalmente na exclusão da(s) proteína(s) alergênica(s) da dieta; prescrição de dieta substitutiva que proporcione todos os nutrientes necessários aos ciclos de vida da criança. Um bom relacionamento do paciente alérgico/família com os profissionais de saúde envolvidos no seu cuidado leva o paciente a adquirir conhecimento, confiança e habilidade para assumir um papel importante no controle da doença. Há evidências que suportam que a educação e a autogestão do cuidado reduz a morbidade em crianças e adultos. A exclusão PLV deve ser total, inclusive para a mãe caso a criança esteja amamentando. A opção de IT tem sido usada como uma terapia opcional. A terapia fundamenta-se na administração de diversas doses, gradativas e cada vez mais concentradas, de extratos de alérgenos, aplicadas em intervalos regulares durante um longo período, que pode variar de um a cinco anos, até encontrar a tolerância clínica desses causadores de alergias em pacientes hipersensíveis, de forma a reduzir a sintomatologia após a exposição a determinado alérgeno. pode ser usada no tratamento de algumas alergias, com o principal objetivo de diminuir o grau de sensibilização a determinadas substâncias e, assim, inibir as reações, por meio de dessensibilização. Apesar de ser um novo método que tem se mostrado eficaz para a profilaxia de doença mediada por IgE atópica, mas com resultados pouco promissores na manutenção, ainda há controversas e geralmente é desencorajada por expor o paciente ao risco de uma reação grave e a possibilidade de uma reação anafilática. Estudos apontam que a dessensibilização gera resultados positivos no tratamento de crianças com APLV, onde cerca de 80% das crianças tratadas conseguem adquirir tolerância parcial ou total ao leite de vaca. Entretanto, resultados de ensaios clínicos até agora realizados não foram suficientes para a indicação formal de ITO em pacientes com AA. Revisão da Cochrane, inclusive citada pelo médico assistente, mostra que os estudos até o momento envolveram um pequeno número de pacientes e a qualidade das evidências é geralmente baixa. As evidências atuais mostram que o ITO pode levar à dessensibilização na maioria dos indivíduos com ALPV, embora o desenvolvimento da tolerância a longo prazo não tenha sido estabelecido. Uma grande desvantagem é a frequência dos efeitos adversos, embora a maioria seja leve e autolimitada. O uso de epinefrina parenteral não é incomum. Como não existem protocolos padronizados, diretrizes seriam necessárias antes de incorporar a dessensibilização na prática clínica. Estudos reforçam que esta terapia só deve ser realizada em centros de pesquisa ou em centros clínicos com ampla experiência em ITO, quando outras terapias são ineficazes e deve envolver a administração de alérgeno padronizado específico em um esquema de tratamento que assegure que uma quantidade adequada do alérgeno é injetado de acordo com um protocolo reconhecido. Não está disponível no SUS e nem na Saúde Suplementar.
dc.identifier.urihttps://bd.tjmg.jus.br/handle/123456789/16028
dc.language.isopt
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