2024.0006647 - Ex obesa Abdominoplastia e correção da diastase - NATJUS TJMG
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Data
2024-10-17
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Resumo
A diástase dos músculos retoabdominais é uma condição que
ocorre quando os músculos retos do abdome se afastam, separando se da linha alba, a faixa de tecido conjuntivo que os separa. Pode ser
parcial ou total, e é mais comum em mulheres, principalmente após a
gravidez. No entanto, também pode ocorrer em homens e em mulheres
que perderam muito peso. Algumas causas da diástase dos retos
abdominais são: pressão exercida pelo útero em crescimento sobre os
músculos, durante a gravidez; carregar excesso de peso; praticar
exercícios físicos intensos. A diástase dos retos abdominais pode causar
fraqueza muscular, dor nas costas e sobrecarregar a coluna
vertebral. O tratamento varia de acordo com a gravidade da condição e
os sintomas do paciente. Em casos menos graves, pode ser
recomendada fisioterapia para fortalecer os músculos do core e
corrigir a postura e nos mais graves, pode ser necessária a cirurgia.
A cirurgia plástica reparadora considerada estética funcional, pode
desempenhar papel importante na estabilização da qualidade de vida dos
pacientes com perda de peso maciça. Os procedimentos cirúrgicos
estéticos, limitam-se, a melhora da aparência. A cirurgia plástica
reparadora está indicada apenas em quadros selecionados, pois é
relacionada a altos índices de complicações, além de não resultar em
forma corporal perfeita, pois sendo cirurgia reparadora, seu resultado é
aquém do esperado. Em pacientes ex-obesos no abdome esta cirurgia é a
dermolipectomia abdominal o que já inclui a correção da diástase. Tem
cobertura obrigatória pelos SUS e planos de saúde nos casos de abdome
em avental por grande perda ponderal pelo tratamento da obesidade,
associado a complicações de: candidíase de repetição, infecções
bacterianas por às escoriações pelo atrito, odor, hérnias na estabilização do
peso no IMC < 30, decorridos 2 anos após o tratamento da obesidade,
informação que não temos neste caso. Entretanto, segundo a literatura,
não tem caracter de emergência ou urgência, é considerado eletivo,
estético, sem indicação clínica exclusiva para proteção à saúde. Não é
imprescindível e caso não ocorra, não resultará em dano/sequela a
paciente. Embora possa melhorar o contorno corporal, não resultará em
forma corporal perfeita e nem plena satisfação do paciente (33% de
insatisfação com o contorno corporal). Sendo cirurgia plástica estética,
pode não gerar os resultados esperados. Deve ser antecedida de avaliação
criteriosa por equipe multidisciplinar responsável pelo manejo e motivação
de novos hábitos, presença de estabilidade ponderal e condições
psicológicas, clínicas e nutricionais adequadas, para correção de
problemas estéticos e de recidiva.