NT 2023.0004786 Ureteroplastia autogena e com ressecção de prostata concomitante HPB e estenose de urtera Gestão - NATJUS TJMG
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Data
2024-03-04
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Resumo
A HPB, representa o aumento benígno do volume da próstata,
que determina sintomas relacionados ao trato urinário inferior. Seu
tratamento inclui terapia comportamental, medicamentosa e cirúrgica,
conforme intensidade e sintomas apresentados. As drogas de escolha
para os estágios iniciais e intermediários da HPB são bloqueadores dos
receptores α1-adrenérgicos, Doxazosina, e inibidores da 5-α-redutase,
finasterida, que respectivamente reduzem rapidamente os sintomas e
o crescimento da prostata. Seu uso associado é recomendado nos casos
de sintomas moderados a intensos, próstatas aumentadas e/ou PSA
elevado e fluxo urinário máximo reduzido. A cirurgia da próstata é
geralmente necessária para pacientes com sintomas urinários
moderados ou intensos, que apresentam indicações absolutas de
cirurgia: retenção urinária recorrente ou refratária, incontinência por
transbordamento, infecções recorrentes do trato urinário, cálculos ou
divertículos na bexiga, hematúria macroscópica devido a HPB, ou
dilatação do trato urinário superior devido a HPB, com ou sem
insuficiência renal. Também é geralmente necessária quando os
pacientes obtiveram alívio insuficiente dos sintomas urinários ou do
resíduo pós miccional após a instituição de tratamentos conservador
ou medicamentoso. As cirurgias são indicadas casos com sintomas
urinários moderados ou intensos, com indicações absolutas de
cirurgia ou que não responderam à terapia medicamentosa e
comportamental. O paciente pode eleger o tratamento cirúrgico como
tratamento inicial, se apresentar sintomatologia significativa e os
indivíduos com antecedentes de complicações relacionadas à HPB são
melhor tratados cirurgicamente. As opções cirúrgicas (aberta,
endoscópica ou robótica) e fonte de energia (eletrocautério vs laser,
monopolar ou bipolar) são decisões técnicas baseadas no tamanho
prostático, experiência do cirurgião, discussão de potenciais
riscos/benefícios, complicações e comorbidades do paciente. A opção
de acesso baseia-se nas características do paciente, experiência do
cirurgião e discussão de potenciais riscos/benefícios e complicações.
A principal cirurgia é a RTU. É um procedimento cirúrgico
endoscópico associado a radiofrequência ou laser. Vale ressaltar que
nos casos como o descrito em tela, de próstatas maiores que 80g, ou
na presença de grandes divertículos, ou cálculos de bexiga, a opção é
a prostatectomia suprapúbica.
No SUS a a uretroplastia autôgena e a RTU estão disponíveis, na
Tabela SIGTAB, como procedimentos de média complexidade, para
realização em unidades especializadas, código 04.09.02.013-3 e
04.09.03.004-0 - RTU respectivamente. Desta forma, a responsabilidade
de prover os fluxos para a realização da cirurgia, cabe ao gestor local e
regional, não existindo solicitação de procedimento diverso, não
contemplado pelo SUS, que requeira avaliação de indicação,
imprescindibilidade, substituição ou não pelo NATJUS, mas
necessidade melhor articulação de fluxos, competência esta, do
gestores locais e regionais no caso os municípios de Boacaiuva e
Montes Claros respectivamente.