NT 2023.0004647 Epilepsia Oxcarbazepina - NATJUS TJMG
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Data
2024-08-01
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Resumo
O caso em tela trata de criança 6 anos, com história
tratamento neurológico em consequência a crises convulsivas.
Necessita do uso contínuo de oxcabazepina 10ml (600mg) 2 vezes/dia,
além de controle neurológico e eletroencefalográfico periódico por
tempo indeterminado.
Na condição citada não há tratamento curativo, mas existem
alternativas paliativas para controle da epilepsia com impacto na
qualidade de vida. O tratamento objetiva propiciar a melhor qualidade de
vida possível, pelo alcance do adequado controle de crises, com o
mínimo de efeitos adversos, buscando, idealmente, a remissão total das
crises. Na epilepsia os FAE são a base do tratamento, com a droga
específica ideal para o adequado controle dos fatores de geração e
propagação das crises do paciente e com os poucos efeitos adversos.
No SUS o PCDT da epilepsia recomenda a monoterapia com drogas
clássicas: fenobarbital, fenitoína, primidona, topiramato, lamotrigina,
carbamazepina e valproato de sódio. Diante da falha do tratamento com o
primeiro fármaco, deve-se fazer a substituição por outro fármaco de primeira
escolha, em monoterapia. Ocorrendo falha na segunda tentativa de
tratamento em monoterapia, pode-se tentar a combinação de dois FAE. Os
medicamentos descritos no protocolo de terapia adjuvante de pacientes com
epilepsia focal são clobazam, topiramato, ácido valpróico, vigabatrina,
gabapentina, carbamazepina, levetiracetam e lamotrigina, sendo em adultos
recomendado esquemas carbamazepina, fenitoína e ácido valproico. A
oxcarbazepina não está disponível no SUS e conforme a literatura não
possui vantagens terapêuticas em relação aos agentes constantes no
elenco de medicamentos do SUS, não utilizados no caso. Na literatura há
poucos estudos comparativos entre a oxcarbazepina e as demais FAE de
primeira escolha para uso na epilepsia.
Vale ressaltar que existem várias drogas recomendadas e
disponibilizadas no arsenal do SUS, por meio do PCDT da epilepsia e
não há nos relatórios evidência do uso de todas as alternativas
terapêuticas disponíveis do SUS, bem como relatos de falhas ou contra
indicações para o uso das mesmas.