2023.0003673 TEA - NATJUS TJMG
Carregando...
Data
2023-12-29
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
✔ O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do
neurodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits
persistentes na comunicação e interação social e padrões repetiti vos e restritos de comportamento, interesses ou atividades.
✔ Os sintomas tornam-se aparentes quando as demandas sociais
excedem as capacidades limitadas. A gravidade é determinada pela deficiência funcional e pode ser crítica na capacidade de
acessar os serviços.
✔ As estimativas de prevalência variam com a metodologia do estu do e a população avaliada e variam de 1 em 40 a 1 em 500.
✔ A prevalência de TEA aumentou ao longo do tempo, especialmen te desde o final dos anos 1990, principalmente como resultado de
mudanças na definição de caso e aumento da consciência.
✔ Deficiência intelectual, transtorno de déficit de atenção e hiperativi dade e epilepsia são comuns em crianças com TEA.
✔ A patogênese do TEA não é completamente compreendida. O
consenso geral é que o TEA é causado por fatores genéticos que
alteram o desenvolvimento do cérebro, resultando no fenótipo neu rocomportamental. Fatores ambientais e perinatais são responsá veis por poucos casos de TEA, mas podem modular fatores genéti cos subjacentes.
✔ Trata-se de doença que patogênese não é completamente de finida e dessa forma o tratamento também não é bem definido
✔ Programas intensivos de comportamento podem melhorar os
sintomas básicos de TEA e comportamentos mal-adaptativos,
mas não se deve esperar que levem a funções típicas
✔ Os programas intensivos de comportamento exigem alto grau de
intervenção (por exemplo, 30 a 40 horas por semana de servi ços intensivos individuais por dois ou mais anos e começan do antes dos cinco anos de idade) para obter maiores ganhos.
Para recomendar este grau de intervenção o diagnostico deve se guir os critérios do DSM, nem todos pacientes necessitam deste
grau de intervenção e nem se beneficiam deste grau de interven ção ✔ O método ABA demonstra ser eficaz quando comparados com in tervenções de controle (por exemplo, educação especial), mas não
está claro se o ABA é superior a outros métodos de terapia com portamental
✔ Existem poucos estudos comparando ABA com outros modelos de
tratamento e esses estudos têm limitações metodológicas. Aqueles
realizados comparando ABA com um modelo baseado no relacio namento de diferença de desenvolvimento individual (Floortime) e
Tratamento e educação de crianças com deficiência física e comu nicação relacionada (TEACCH) não encontraram nenhuma diferen ça na eficácia
✔ Não foram observados efeitos significativos para medidas de sinto matologia do autismo, comportamento adaptativo, comunicação
social ou comportamentos restritivos e repetitivos com utilização do
método Denver
✔ Na literatura não existem dados que comprovem a eficiência/
superioridade das terapias pleiteadas em comparação com os
tratamentos convencionais
✔ Mais estudos são necessários para avaliar a eficácia e segurança
do tratamento de neurodesenvolvimento para esse fim e, até lá, as
evidências atuais não suportam seu uso rotineiro na prática.