NT 2079 2021 - Retossigmoidectomia abdominal robótica associado a linfadenectomia retroperitoneal, abaixamento de colon e ileo/colostomia - câncer colorretal - NATJUS TJMG
dc.contributor.author | NATJUS - TJMG | |
dc.date.accessioned | 2021-04-28T17:15:18Z | |
dc.date.available | 2021-04-28T17:15:18Z | |
dc.date.issued | 2021-04-05 | |
dc.description.abstract | O caso em tela refere a paciente de 24 anos, com neoplasia de canal anal. Submetido à tratamento neoadjuvante radioterapia e quimioterapia, com término em 13/07/2020, com necessidade de tratamento cirúrgico em 8 a 12 semanas, pós radioterapia, já tendo se passado este período em 3 semanas o que pode levar a prejuízos do tratamento. RNM de pelve de 03/09/2020 para reestadiamento de neoplasia de reto mostrando regressão da lesão expansiva de reto baixo e canal anal, desaparecimento dos linfonodos atípicos do mesorreto e da iliaca externa direita. TC de abdome e pelve inalteradas e retossigmoidoscopia com úlcera de canal anal emparede posterior compatível com papilite. Solicitado o quanto mais precoce retossigmoidectomia abdominal robótica associado a linfoadenectomia retroperitoneal, abaixamento de cólon e ileo/colostomia. O tratamento padrão para o CCR localizado é a ressecção cirúrgica (via aberta ou laparoscópica) do tumor primário e linfonodo regionais. A quimioterapia pré-operatória está indicada para doentes com câncer de reto no estágio II ou III, associada à radioterapia. É consenso geral ainda que a maioria dos adenocarcinomas do reto localizado na sua porção distal (<5cm da borda anal) seja tratado por cirurgia RAP. Entretanto, com o melhor conhecimento da importância da CRM, ETM, acrescido atualmente do emprego rotineiro da QRT, difundiram-se novas técnicas operatórias com preservação esfincteriana. Entretanto independente da técnica utilizada a cirurgia do câncer de reto é uma intervenção de alto risco, com 32,4% de complicações nos pacientes em 30 dias e 15,5% entre 30 dias e 6 meses. Existe 3 opções de acessos para realização das operações do câncer de reto: via aberta, laparoscópica e robótica. A cirurgia laparoscópica tem sido usada. ECR não conseguiram demonstrar a não inferioridade da laparoscopia em comparação com a cirurgia aberta. Devido à longa curva de aprendizado e ao elevado índice de conversão, principalmente, nos pacientes obesos e do sexo masculino, o impacto do seu uso é pequeno. O uso da plataforma robótica tem se mostrado seguro pois tem o potencial de superar algumas das limitações da cirurgia laparoscópica do câncer retal, fornecendo uma profundidade de campo tridimensional imersiva, instrumentos de articulação e uma plataforma de câmera estável, possibilitando uma melhora da visualização, da exposição e dissecção das estruturas nobres (vasos, nervos, ureter, intestino, bexiga) num espaço estreito, como é a cavidade pélvica. Suas desvantagens da técnica são os custos elevados para compra e manutenção dos aparelhos; tempo cirúrgico prolongado; curva de aprendizado longa; ausência de feedback tátil; e falta de guidelines com uma padronização do método e critérios para sua reprodutibilidade. O maior ensaio clínico randomizado de cirurgia laparoscópica assistida por robótica para pacientes com adenocarcinoma retal adequado para ressecção curativa, assim como meta-análises não conseguiram mostrar superioridade para cirurgia laparoscópica assistida por robótica sobre a cirurgia laparoscópica convencional em pacientes de curto prazo e resultados patológicos e relataram consistentemente tempos de operação mais longos, mas também mostraram uma necessidade reduzida de conversão para cirurgia aberta com o robô. Também o ensaio clínico randomizado do câncer retal não demonstrou nenhum benefício para a ressecção retal robótica em comparação com a ressecção laparoscópica convencional em mais de uma variável número de linfonodos recuperados, margens positivas e readmissão ou mortalidade em 30 dias. Existem expectativas sobre melhores resultados na CRM associada aos índices de recorrência e sobrevida a longo prazo, quando realizada por robôs; porém, ainda são necessários mais estudos para confirmação. No momento atual, a indicação desta nova tecnologia minimamente invasiva, no tratamento do câncer do reto distal parece beneficiar, principalmente um grupo específico de pacientes masculinos de alto risco com: câncer de reto baixo localmente avançado (T3/T4); obesidade (IMC maior do que 30 kg/ m2); tratamento neoadjuvante de QRT pré-operatória, cirurgia abdominal prévia. A ótima qualidade da dissecção mesorretal associada à excelente visão e exposição do campo operatório pélvico poderá traduzir em baixos índices de conversão e de margem de CRM +, e talvez em uma menor incidência de fístula anastomótica, mesmo sem a realização de ileostomia de rotina, justificariando tal indicação. Ainda assim, com base nas evidências atuais a cirurgia robótica para câncer retal não parece fornecer contribuição positiva e não parece ser justificada, dados os custos extras e a equivalência dos resultados clínicos comos tratamentos convencionais. Grandes estudos prospectivos randomizados são necessários para dar mais suporte ao seu. O SUS e Saúde Suplementar disponibilizam tratamento cirúrgico aberto ou por videolaparoscopia, radio e quimioterapia para tratamento do câncer de reto. O tratamento por cirurgia robótica não está disponível nestes sistema. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/11997 | |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | Retossigmoidectomia abdominal robótica associado a linfadenectomia retroperitoneal, abaixamento de colon e ileo/colostomia | pt_BR |
dc.subject | Neoplasia de cólo sigmóide (câncer colorretal) | pt_BR |
dc.title | NT 2079 2021 - Retossigmoidectomia abdominal robótica associado a linfadenectomia retroperitoneal, abaixamento de colon e ileo/colostomia - câncer colorretal - NATJUS TJMG | pt_BR |
dc.type | Other | pt_BR |
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