NT 2128 2021 - BEVACIZUMABE, REGORAFENIBE - Neoplasia malígna de reto - NATJUS TJMG
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Data
2021-02-26
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Resumo
trata-se de
PAB, 50 anos, com diagnóstico de neoplasia maligna de reto alto, RAS
mutado, metastático para fígado, peritônio e pulmão Tx NX M1.
Atualmente em uso de Capecitabina. Por ser paciente jovem, ECOG 0,
com doença de alto volume, sintomática é necessário, com urgência
associar terapia anti-VEGF Bevacizumabe, 300mg EV a cada 14 dias por
tempo indeterminado, até a progressão da doença ou toxicidade limitante,
para aumento da resposta e ganho de sobrevida livre de progressão. O SUS disponibiliza tratamento cirúrgico, radio e quimioterápico
no CCR. A quimioterapia baseia-se no uso de 5-fluorouracil e
leucovorin infusional (5-FU), leucovorin e oxaliplatina (FOLFOX ou
irinotecano – FOLFIRI). A DDT descreve como opções terapêuticas
disponíveis para o CCR com recidivadas, lesões obstrutivas ou
hemorrágicas, metástase pulmonar ou metástase hepática, a
quimioterapia paliativa regional ou sistêmica. A quimioterapia paliativa
está indicada para doentes CCR recidivado inoperável ou com doença
no estágio IV ao diagnóstico, a critério médico podendo ser utilizados
esquemas de quimioterapia sistêmica paliativa com 5-fluorouracil,
capecitabina, irinotecano, oxaliplatina, raltitrexede, bevacizumabe e
cetuximabe, em monoterapia ou em associação, por até três linhas de
tratamento. A seleção do tratamento deve considerar as características
fisiológicas e capacidade funcional individuais, perfil de toxicidade, preferências do doente e protocolos terapêuticos institucionais.
A neoangiogênese é um importante processo de desenvolvimento
tumoral e das metástases, especialmente mediado pela via de
sinalização do VEGF. Terapias anti-VEGF têm sido exploradas há mais
de uma década em pacientes com CCRm, sendo o bevacizumabe um
dos principais medicamentos desenvolvidos e utilizados nesse
cenário. Está aprovado pela ANVISA com essa indicação. É
administrado por infusão intravenosa, a cada 2 ou 3 semanas, geralmente
junto com a quimioterapia. Combinado com quimioterapia, pode
aumentar a sobrevida de pacientes com doença avançada. No
tratamento do CCRm tem seu impacto conhecido apenas na primeira e
segunda linhas de tratamento, ligado alteração de SLP e não de cura.
O presente caso de CCRm metastático para figado, peritônio e
pulmão, RAS mutado, com doença de alto volume e sintomática tratase
de condição dramática, na qual a expectativa de vida é de poucos
meses (6-9meses), não existindo tratamento capaz de alterar de forma
significativa a evolução da doença. Assim, não há evidência robusta
quanto a urgência do tratamento e tão pouco do benefício do uso de
bevacizumabe.
Descrição
Palavras-chave
Neoplasia malígna de reto, BEVACIZUMABE, REGORAFENIBE