NT 2023.0003871 TAVI - NATJUS TJMG
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Data
2023-06-14
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Resumo
O TAVI não é modalidade de intervenção isenta de riscos, o
procedimento associa-se com riscos imediatos tais como: necessidade de
implante de marcapasso, hemotransfusões, insuficiência renal, diálise,
acidente vascular cerebral, lesões vasculares, tamponamento cardíaco e
morte.
Quando indicadas, as duas modalidades de intervenções devem ser
realizadas em centros especializados. A cirurgia convencional ou o TAVI são
modalidades de intervenção de eficácia equivalente, quando bem indicadas.
O implante de bioprótese aórtica percutâneo, trouxe benefício inexorável para
pacientes considerados inoperáveis e de alto risco.
O grupo de pacientes considerados inoperáveis são aqueles que
possuem contraindicações específicas à intervenção proposta, independente
do risco cirúrgico. Esses pacientes apresentam condições / morbidades que
impedem a realização do procedimento cirúrgico convencional, e por isso, os
consensos são unânimes na indicação do TAVI para esse grupo de pacientes. Entre essas condições / morbidades, podem ser citadas: aorta em
porcelana, doença hepática com coagulopatia, sequelas de irradiação
torácica prévia, deformidade torácica importante ou enxerto de coronária
aderido ao esterno, doença pulmonar obstrutiva crônica grave dependente de
oxigênio suplementar ou embolias pulmonares recorrentes.
A classificação de risco é proveniente da avaliação clínica associada a
ferramentas auxiliares, como os dois principais escores: STS e EuroSCORE
II (> 8 pelo STS ou > 10 pelo EuroScore II). Tais scores possibilitam estimar o
risco operatório através de ferramentas online que combinam fatores de risco
e classificam os pacientes em baixo, intermediário e alto risco operatório.
A intervenção TAVI tem indicação (Classe IA) para pacientes com
estenose aórtica ≥ 75 anos, ou naqueles de alto risco operatório (STSPROM/
EuroScoreII > 8%) ou inadequados para cirurgia convencional.
O grupo de pacientes de risco intermediário têm sido objeto de
discussão e estudo. Para esse grupo, ambas as modalidades de intervenção
são adequadas, e a decisão deve ser tomada de acordo com as
características clínicas, anatômicas e do procedimento, discutidas em equipe
especializada e compartilhadas com o paciente.
O grupo de pacientes de baixo risco tem indicação (Classe IB) para
cirurgia convencional em pacientes com estenose aórtica < 75 anos, de baixo
risco cirúrgico (STS-PROM/EuroScore II < 4%) ou aqueles operáveis que
sejam inadequados para TAVI transfemoral (via preferencial).
Os elementos técnicos apresentados são insuficientes para avaliação
do risco/benefício, da fragilidade e da futilidade ou não da realização do TAVI
para o caso concreto. Não é possível afirmar que a modalidade de
intervenção específica requerida é imprescindível para a paciente.
A indicação da intervenção deve ser sempre pautada na comparação
do risco / benefício do procedimento. Necessariamente deve haver
expectativa / possibilidade de que a intervenção melhore a qualidade de vida
e/ou sobrevida do paciente, quando comparado a outras alternativas
terapêuticas.