NT 2022.0003129 - TEA terapias - NATJUS TJMG

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Data
2022-10-19
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Resumo
 O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social e padrões repetitivos e restritos de comportamento, interesses ou atividades.  Os sintomas tornam-se aparentes quando as demandas sociais excedem as capacidades limitadas. A gravidade é determinada pela deficiência funcional e pode ser crítica na capacidade de acessar os serviços.  Deficiência intelectual, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e epilepsia são comuns em crianças com TEA.  A patogênese do TEA não é completamente compreendida. O consenso geral é que o TEA é causado por fatores genéticos que alteram o desenvolvimento do cérebro, resultando no fenótipo neurocomportamental. Fatores ambientais e perinatais são responsáveis por poucos casos de TEA, mas podem modular fatores genéticos subjacentes.  Trata-se de doença que patogênese não é completamente definida e dessa forma o tratamento também não é bem definido  Programas intensivos de comportamento podem melhorar os sintomas básicos de TEA e comportamentos mal-adaptativos, mas não se deve esperar que levem a funções típicas  Os programas intensivos de comportamento exigem alto grau de intervenção exemplo, 30 a 40 horas por semana de serviços intensivos individuais por dois ou mais anos e começando antes dos cinco anos de idade) para obter maiores ganhos. No entanto especialistas questionam custo/benefício de submeter criança ao excesso de terapias  Na literatura não existem dados que comprovem a eficiência/superioridade das terapias pleiteadas em comparação com os tratamentos convencionais  Não foram encontrados estudos na base de dados científica PUBMed, que mostrassem a superioridade da musicoterapia com terapias convencionais no tratamento de crianças com TEA. (Ausência de estudos/evidências).  Nenhum estudo avaliado comparou equoterapia à fisioterapia convencional, não sendo possível demonstrar superioridade da equoterapia  A avaliação de metanálise dos dois estudos de equoterapia, o escore não demonstrou significância estatística. Sete estudos utilizaram outro escore de atividade física para avaliar o controle motor com resultados controversos  A conclusão definitiva sobre a eficácia e generalização de qualquer intervenção é muito improvável por causa da grande variação nas intervenções, grupos de controle, medidas de resultados, pequeno tamanho da amostra, pequeno número de estudos em metaanálise, sobreposição entre a intervenção e procedimentos de controle utilizados nos estudos incluídos  Há uma necessidade urgente de especialistas em vários centros internacionais para padronizar conjuntamente uma intervenção de treinamento de pais para crianças com autismo e realizar um ECR em larga escala para avaliar sua eficácia clínica e econômica.
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Palavras-chave
terapia ocupacional com integração sensorial 2 vezes por semana, , psicologia método ABA 20 horas semanais, fonoaudiologia duas vezes por semana, fisioterapia com ênfase da psicomotricidade 3 vezes por semana, musicoterapia duas vezes por semana, equoterapia duas vezes por semana, transtorno do espectro do autismo (TEA)
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