2025.0007791 TEA - NATJUS TJMG
Carregando...
Arquivos
Data
2025-06-10
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
✔ Existe PCDT no SUS para tratamento farmacológico do autismo
✔ O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neu
rodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits per
sistentes na comunicação e interação social e padrões repetitivos e
restritos de comportamento, interesses ou atividades.
✔ Os sintomas tornam-se aparentes quando as demandas sociais ex
cedem as capacidades limitadas. A gravidade é determinada pela
deficiência funcional e pode ser crítica na capacidade de acessar os
serviços.
✔ As estimativas de prevalência variam com a metodologia do estudo
e a população avaliada e variam de 1 em 40 a 1 em 500.
✔ A prevalência de TEA aumentou ao longo do tempo, especialmente
desde o final dos anos 1990, principalmente como resultado de mu
danças na definição de caso e aumento da consciência.
✔ Deficiência intelectual, transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade e epilepsia são comuns em crianças com TEA.
✔ A patogênese do TEA não é completamente compreendida. O
consenso geral é que o TEA é causado por fatores genéticos que
alteram o desenvolvimento do cérebro, resultando no fenótipo
neurocomportamental. Fatores ambientais e perinatais são
responsáveis por poucos casos de TEA, mas podem modular
fatores genéticos subjacentes.
✔ Trata-se de doença que patogênese não é completamente de
finida e dessa forma o tratamento também não é bem definido
✔ Programas intensivos de comportamento podem melhorar os sin
tomas básicos de TEA e comportamentos mal-adaptativos, mas
não se deve esperar que levem a funções típicas
✔ Os programas intensivos de comportamento exigem alto grau de in
tervenção (por exemplo, 30 a 40 horas por semana de serviços
intensivos individuais por dois ou mais anos e começando an
tes dos cinco anos de idade) para obter maiores ganhos.
✔ Deve ser avaliado o afastamento da criança por mais de 40 horas
semanais (em torno de 08 horas por dia) da família uma vez que
várias intervenções de treinamento dos pais demonstraram ter
algum efeito sobre os sintomas de crianças com autismo.
✔ O método ABA demonstra ser eficaz quando comparados com in
tervenções de controle (por exemplo, educação especial), mas não
está claro se o ABA é superior a outros métodos de terapia compor
tamental
✔ Existem poucos estudos comparando ABA com outros modelos de
tratamento e esses estudos têm limitações metodológicas. Aqueles
realizados comparando ABA com um modelo baseado no relaciona
mento de diferença de desenvolvimento individual (Floortime) e Tra
tamento e educação de crianças com deficiência física e comunica
ção relacionada (TEACCH) não encontraram nenhuma diferença na
eficácia
✔ Não foram observados efeitos significativos para medidas de
sintomatologia do autismo, comportamento adaptativo,
comunicação social ou comportamentos restritivos e repetitivos com
utilização do método Denver
✔ Na literatura não existem dados que comprovem
eficiência/superioridade das terapiaspleiteadas comparação com os tratamentos convencionais.
✔ Terapia ocupacional, fonoaudiologia, terapia ocupacional,
psicopedagogia estão bem indicadas
✔ Mais estudos são necessários para avaliar a eficácia e segurança do tratamento
de neurodesenvolvimento para esse fim e, até lá, as evidências atuais não
suportam seu uso rotineiro na prática.
✔ Medicamentos como a risperidona e o aripiprazol são os dois únicos
medicamentos disponíveis reconhecidos pela Food and Drug Administration,
principalmente para tratar os sintomas comportamentais desse distúrbio. Essas
drogas têm eficácia limitada e alto potencial de induzir efeitos indesejáveis,
comprometendo a adesão ao tratamento.
✔ Anexo nota técnica do Hospital Sírio Libanês sobre o tema.