NT 2025.0007213 Herpes zooster em idoso Vacina Shingrix - NATJUS TJMG
Carregando...
Data
2025-05-27
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
SHINGRIX® é uma vacina de vírus atenuado indicada para a
prevenção de HZ, segundo a ANVISA indicada em adultos com 50 anos
ou mais e com 18 anos de idade ou mais com risco aumentado de HZ.
Deve se administrada como uma injeção de 0,5mL, em 2 aplicações com
intervalo de 2 meses. Se for necessário flexibilidade no calendário vacinal,
a segunda dose pode ser administrada entre 2 e 6 meses após a primeira
dose. Ao terminar o ciclo completo de vacinação há maximização da
proteção oferecida, mas não há comprovação de sua total eficácia. Não
deve ser administrada em pessoa alérgica ou hipersensível a qualquer um
dos componentes contidos na fórmula. Apresenta como efeitos colaterais
mais comuns são: cefaleia; desconfortos estomacais e digestivos
(incluem náusea, vômito, diarreia, dor no estomago); dores musculares
(mialgia); cansaço; calafrios e febre e reações locais (dor, vermelhidão
e inchaço no local da aplicação). A vacina viva atenuada tem sido a
vacina padrão por anos. A segurança e eficácia de ambas as vacinas foram
demonstradas em ensaios clínicos em adultos saudáveis imunocompetentes,
em pacientes imunocomprometidos selecionados e em pacientes com
distúrbios imunológicos. A vacina recombinante contra HZV é mais eficaz
para a prevenção de HZ em comparação com a vacina viva atenuada
contra HZV. A vacina recombinante contra HZV não é replicante e,
portanto, é segura também para pessoas imunocomprometidas. Um
ensaio clínico randomizado com 617 pacientes em uso de inibidores do fator
de necrose tumoral alfa demonstrou uma segurança favorável da vacina viva
atenuada neste grupo específico de pacientes. O estudo NCT02581410
investigou o efeito do HZV recombinante (Shingrix, GSK) em pacientes
idosos que haviam sido vacinados com a vacina HZV viva atenuada há
≥ 5 anos ou que eram ingênuos ao HZV. O HZV recombinante induziu
uma forte resposta imune humoral e mediada por células que persistiu
acima dos níveis pré-vacinais por 12 meses após a segunda dose,
independentemente da vacinação anterior. Um estudo chinês analisou o
potencial impacto na saúde pública da vacinação contra o VHZ
recombinante, em comparação com o status quo de não vacinação, em
indivíduos com ≥ 50 anos de idade em Pequim. Estimou-se que a
vacinação em massa com o VHZ recombinante preveniu > 430.000 casos
de HZ e > 51.000 casos de NPH em comparação com a não vacinação.
Os autores sugeriram que > 14.000 hospitalizações e > 1.000.000 de
consultas ambulatoriais poderiam ser evitadas. Pacientes entre 50 e 59
anos apresentaram a maior redução geral nos casos de HZ,
complicações e uso de recursos de saúde relacionados. Ensaio clínico
controlado baseado em alegações realizado nos EUA estimou a eficácia
da vacina recombinante contra HZ em pacientes com idades entre 50 e
79 anos. O estudo estimou a taxa de incidência de HZ em 258,8 casos
por 100.000 pessoas-ano em pessoas vacinadas, em comparação com
893,1 em controles não vacinados. A eficácia da vacina recombinante
contra HZV atingiu 85,5%. Outro grande estudo de coorte realizado nos
EUA com pacientes ≥65 anos estimou uma eficácia da vacina
recombinante de 70,1% e 56,9% para duas e uma doses,
respectivamente. A eficácia da vacina de duas doses contra a PHZ
atingiu 76,0%, com efeito observado por até 7 anos. Não há, até o
momento, recomendações da agência de análise de tecnologias em
saúde inglesa (NICE) sobre o uso da vacina Shingrix. Atualmente, a
vacina só é oferecida pelo sistema privado e ainda não foi incluída no
PNI do SUS. Em alguns casos, a vacina pode estar disponível em CRIE
do SUS, como o de Belo Horizonte, para imunossuprimidos ou idosos
acima de 60 anos, mas a disponibilidade é restrita. O Ministério da
Saúde solicitou a avaliação da vacina pela Conitec para sua inclusão no
SUS. Existe projeto de lei para sua inclusão no PNI tramitando tramitando
na Camara dos Deputados desde 2022. O custo da imunização completa
pode chegar a R$ 1.686,00.
Vale ressaltar que a despeito da prescrição da vacina a única
indicação da profilaxia no caso é o critério idade, não existindo outro
critério de gravidade ou presença de imunossupressão, mas entretanto
não se encontra na definição de imprescindível ao paciente, já que é
ação de preventiva e não de tratamento.