NT 2024.0006878 D Crohn IAdalimumabe - NATJUS TJMG
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Data
2024-12-02
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Resumo
Na Doença de Crohn o tratamento é complexo e definido segundo
a localização da doença, o grau de atividade e as complicações. As
opções terapêuticas devem ser individualizadas de acordo com a resposta
sintomática e a tolerância ao tratamento. Corticóides como os
glicocorticóides e a prednisona, fármacos imunossupressores como
azatioprina, 6‐mercaptopurina e metotrexato; e os fármacos biológicos
como infliximabe, adalimumabe, vedolizumabe e ustequinumabe, de forma
isolada ou combinada, são usados pata o tratamento da doença. No SUS
o PDCT da DC reconhece que o uso de sulfassalazina, mesalazina e
antibióticos não têm ação uniforme ao longo do trato gastrointestinal, já
os imunossupressores, corticoides, e terapias anti-TNF parecem ter
ação mais constante em qualquer parte do trato gastrointestinais. No
tratamento de indução de remissão da DC na fase aguda leve a
moderada pode ser usado sulfasalazina ou corticóides. A azatioprina
também é eficaz em induzir a remissão da DC, sendo também indicado
para pacientes com recorrência dos sintomas, sendo eficaz tanto na
indução como na manutenção da remissão. Pacientes que não
respondem a azatioprina após 10 semanas de uso em doses adequadas,
deve-se considerar a associação de alopurinol. Para pacientes com IHB
igual ou superior a 8, sem resposta clínica significativa aos
corticosteroide após 6 semanas; à azatioprina mais alopurinol; ao
metotrexato; com contraindicação ou intolerância a corticosteroide e
imunossupressor, pode se considerar a terapia de indução com anti TNF: infliximabe, adalimumabe ou certolizumabepegol. Pacientes em
tratamento de manutenção que tiverem perda de resposta podem mudar
de agente anti-TNF. Os riscos devem ser ponderados em relação aos
benefícios, sendo o tratamento indicado para pacientes com grande.
Pacientes com DC com atividade inflamatória intestinal grave a
fulminante serão tratados em hospitais terciários e a avaliação cirúrgica
será solicitada se houver suspeita de obstrução. A terapia na fase de
manutenção para prevenção de recorrência envolve os fármacos
utilizados na fase de atividade, com azatioprina ou o metotrexato. Inexiste
benefício do uso de mesalazina ou sulfassalazina como profilaxia de
recorrência após remissão clínica. Corticosteroides não devem ser
usados como terapia de manutenção. A azatioprina em monoterapia
podem ser considerados para a manutenção de pacientes com remissão
induzida por terapia anti-TNF. Em caso de falha na manutenção da
remissão, caracterizada por progressão de sintomas e recorrências
apesar do uso de azatioprina ou metotrexato, recomenda-se utilizar
imunobiológicas infliximabe, adalimumabe, certolizumabe pegol, que
devem ser usadas até sua falha. É possível diminuir o intervalo de
administração do imunobiológicos no caso de resposta parcial ou perda
de resposta a este agente. Apesar de não haver na literatura comparações
diretas entre os agentes, não parece haver superioridade de entre os anti TNF.
Nos SUS os imunobiológicos anti TNF adalimumabe, infliximabe
estão incorporado no tratamento de Doença de Crohn moderada a
grave, não responsivo as terapias com mesalazine, corticoide e
azatioprina. Os guias actuais de tratamento recomendam a intervenção
precoce com tratamento imunobiológico nos pacientes de alto risco que
se apresentam com fenotipo de enfermidade grave, Estes medicamentos
estão disponíveis no Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica e dispensados pelas farmácias estaduais, conforme
protocolos estabelecidos, assim como o recém incorporado
ustequinumabe para o caso de falha ou intolerância aos anti-TNF.