NT 2024.0006684 Osteartrite Synvisc (hilano) - NATJUS TJMG
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Data
2024-10-24
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Resumo
O Synvisc® é um líquido injetável viscoelástico, estéril e apirogênico para uso intra-articular (intra-sinovial) contendo hilanos. Seu
uso na OA baseou-se no fato de nesta doença existir redução do ácido
hialurônico no líquido sinovial e consequentemente perda da sua
viscosidade, gerando deficiência em sua função de lubrificação e
absorção de choque, contribuindo para o desgaste e inflamação da
articulação. Assim esta droga foi desenvolvida para aliviar a dor
articular, permitir a recuperação funcional e retardar a evolução da
doença. Este medicamento não consta na RENAME e não é fornecido
pelo SUS. Inexistem justificativas que demonstrem benefícios do seu
uso em relação as terapias disponíveis no SUS, já que o o resultado dos
estudos randomizados controlados envolvendo esta droga é
contraditório. As melhores evidências existentes até o momento,
mostram que o uso da glucosamina sulfatada/hidroclorídrica e da
condroitina não produz benefícios clinicamente relevantes em
pacientes com OA do joelho e do quadril (nível de evidência I e grau de
recomendação A). Não há benefícios na prescrição de glucosamina ou
colágeno para pacientes com osteoartrite de joelhos, tanto do ponto de
vista do ponto de vista de progressão de lesão, nem em controle de
sintomas. Os trabalhos que sugerem benefícios dessas medicações
mostram importantes falhas metodológicas em sua elaboração, com
resultados contraditórios o que compromete seus achados. A combinação
de uma certa eficácia e baixo risco como uso da glicosamina e condroitina
podem explicar sua popularidade entre os pacientes como um
suplemento em prescrições médicas. Os resultados de estudos
envolvendo revisões sistemáticas, metanálises e ensaios clínicos
quanto a sua eficácia do uso do ácido hialurônico não são conclusivos.
Até o momento, não existem justificativas técnicas que demonstrem os
benefícios do uso de hialuronato de sódio, pois não há consenso para
indicação e mesmo contraindicação do seu na OA sintomática do joelho
(nível de evidência I e grau de recomendação A, não sendo
recomendado sua inclusão ao SUS pela CONITEC.
Educação, fisioterapia, atividade física, controle do peso devem
ser parte do manejo não farmacológico da osteoartrite, que são capazes
de melhorar a força muscular, a mobilidade e coordenação, bem como
diminuir a necessidade do uso de Paracetamol e de consultas.
O PCDT da osteartrite e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Reumatologia recomendam o Paracetamol como droga de primeira
escolha na osteoartrite leve ou moderada e os antinflamatórios
ibuprofeno, prednisona, prednisolona e dexametasona, para os casos
inflamatórios mais intensos.