NT 2023.0004041 Dieta ALPV Neocate - NATJUS TJMG
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Data
2023-09-14
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Resumo
trata-se de trata-se de AAL 1 ano, com diagnóstico de alergia grave a proteína do leite de vaca. Apresentando vômitos desde 22 dias de vida com o uso fórmulas para complementar amamentação a base de proteína do leite de vaca e dermatite atópica e distensão abdominal com fórmula extensivamente hidrolisada Pregomin. Dificuldade de ganhar peso e diarreia. Teste cutâneo de alergia positivo para APLV Tolerando apenas fórmula infantil específica Neocate LCP. Necessitam de uso contínuo de Alfamino ou Neocate, 400g/mês, 8 latas, imprescindível para sua saúde. Teve o pedido negado baseado que as fórmulas lácteas não são padronizadas no Sistema Único de Saúde. Alergia alimentar é o termo utilizado para descrever as reações adversas secundárias à ingestão de proteínas de alimentos ou aditivos alimentares. Os alergênos alimentares são na sua maior parte representados por glicoproteínas hidrossolúveis com peso molecular variando de 10 e 70 kDa, termoestáveis e resistentes à ação de ácidos e proteases, que estimulam resposta imunológica humoral (IgE) ou celular, como a alergia a proteína. A predisposição genética, associada a fatores de risco ambientais, culturais e comportamentais, formam a base para o desencadeamento das alergias alimentares em termos de frequência, gravidade e expressão clínica.
APLV é o termo utilizado para descrever as reações adversas secundárias à ingestão de proteínas de alimentos ou aditivos alimentares derivados do leite de vaca. O manejo da alergia alimentar é empírico pelas evidências limitadas e controvérsias em muitas áreas de sua fisiopatologia. A conduta baseia-se em três pontos fundamentais: exclusão da(s) proteína(s) alergênica(s) da dieta; prescrição de dieta substitutiva que proporcione todos os nutrientes necessários em crianças até 6 meses; prescrição de alimentação complementar até 24 meses de vida. A dieta de exclusão da(s) proteína(s) dos alimentos é fundamental. As fórmulas FEH são em geral bem toleradas em 90% dos casos, sendo a primeira opção para todas as crianças até 24 meses com APLV não mediada por IgE. Entretanto em torno de 20% dos pacientes possam necessitar de FAA por não tolerarem as FEH e apresentarem com sintomas graves e comprometimento no crescimento. O SUS incorporou em 2018 as fórmulas nutricionais à FS, FEH com ou sem lactose e FAA para crianças de 0 a 24 meses com APLV, sem entretanto vincular uma marca. No SUS está fórmula FAA está indicada até ocorrer melhora completa dos sinais e sintomas e negativação de marcadores ou quando a criança completar 2 anos de idade, não sendo seu uso indicado depois de 2 anos, estando bem indicada e em conformidade com o proposto pelo SUS o uso no caso em tela.