NT 2023.0003821 Invega Sustenna - NATJUS TJMG

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2023-08-21
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Resumo
É importante mencionar que o tratamento farmacológico da esquizofrenia a longo prazo é um grande desafio, devido a grande dificuldade de aderência por grande parte dos pacientes (taxas chegam a 50%). A baixa aderência ocorre tanto pelo quadro mórbido em si, quanto pela presença de efeitos colaterais e pela necessidade do uso contínuo dos fármacos por toda a vida a partir de estabelecido o diagnóstico. A não adesão à terapêutica antipsicótica está associada ao pior prognóstico, maior probabilidade de recaídas, de re-hospitalizações e aumento no consumo de recursos no setor da saúde. O Palmitato de Paliperidona (Invega Sustenna® 150 mg) é um agente psicotrópico pertencente à classe química dos derivados do benzisoxazol (antipsicótico neuroléptico atípico). É um antagonista dopaminérgico D2 de ação central com atividade antagonista 5-HT2A serotoninérgica predominante. A paliperidona também é ativa como antagonista nos receptores alfa-1 e alfa-2-adrenérgicos e nos receptores histaminérgicos H1. O mecanismo de ação da paliperidona, como ocorre com outros medicamentos eficazes contra a esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo, é desconhecido. Possui indicação de bula para o tratamento da esquizofrenia, incluindo tratamento agudo e prevenção de recorrência, em adultos e adolescentes de 12 a 17 anos de idade; e para o tratamento de transtorno esquizoafetivo em monoterapia e como um adjuvante aos estabilizadores de humor e antidepressivos. É um antipsicótico injetável de depósito para uso mensal através de injeções intramusculares, útil para pacientes que não aderem ao tratamento oral ou se recusam a fazer o tratamento psiquiátrico. É um antipsicótico com boa tolerabilidade e eficácia, tendo como vantagem em relação aos demais antipsicóticos de longa duração (Como ex.: Decanoato de Haloperidol e Enantato de Flufenazina – disponíveis na rede pública) o fato de causar menos efeitos colaterais extrapiramidais (de impregnação). Conforme os elementos técnicos apresentados, as alternativas farmacológicas regularmente disponíveis na rede pública, não configuram alternativas terapêuticas para a continuidade do tratamento farmacológico do autor a longo prazo, devido à presença de efeitos colaterais e dificuldade de aderência ao tratamento.
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