NT 2024.0006403 Troca cabo desfibrilador multisitio - NATJUS TJMG
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Data
2024-09-11
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Resumo
A endocardite infecciosa é uma doença causada pela presença de
fungos, vírus e bactérias que causam inflamação e danos ao revestimento
interno do coração, que é o endocárdio. Isto, geralmente, ocorre nas câmaras
cardíacas, mas também no diafragma entre as câmaras (endocárdio) ou em
dispositivos cardíacos implantáveis (Correira et al., 2010).1
Os mecanismos subjacentes à endocardite infecciosa envolvem a
colonização e a invasão de microrganismos no endocárdio, desencadeando
uma resposta inflamatória local. A identificação precisa dos agentes
infecciosos é crucial, destacando a diversidade bacteriana e a importância de
culturas sanguíneas para orientar o tratamento. No âmbito do diagnóstico,
avanços tecnológicos como a ecocardiografia transesofágica têm
desempenhado um papel significativo na detecção precoce de vegetações
valvares… O tratamento envolve o uso de antibióticos de longa duração e, em
alguns casos, cirurgia. A abordagem multidisciplinar e a prevenção são cruciais
para lidar, eficazmente, com essa doença potencialmente letal.
A mortalidade da EI varia conforme o agente infeccioso, sendo mais
elevada em casos envolvendo pacientes com uso de aparelhos cardíacos ou
complicações como insuficiência cardíaca, abcessos embolizantes propensos
a riscos de embolia sistêmica e cerebrais. Grande número de pacientes com
essa patologia apresenta condições cardíacas de risco, mas há fatores de
médio risco, como doenças cardíacas reumáticas crônicas, lesões valvulares
relacionadas ao envelhecimento, hemodiálise, além da coexistência de HIV,
diabetes e abuso de drogas intravenosas (Galvão, 2016).1
A condição apresentada pelo paciente pede a instituição de conduta
médica especializada de alta complexidade. Apesar da condição de relativa
estabilidade clínica descrita no prontuário de internação que fora apresentado;
a espera em fila de regulação / atendimento do SUS, sem previsão / definição
de uma data para o atendimento especializado definitivo, expõe o paciente a
risco de piora e óbito. A condição descrita para o paciente, caracteriza situação
de urgência médica.
Considerando que o procedimento foi realizado na Santa Casa de Oliveira,
o ideal é que o manejo da complicação apresentada pelo paciente, seja realizado
pela equipe de profissionais da Santa Casa, que realizou o procedimento de
implante de CDI em 19/06/2024.