NT 2044 2020 - ENTRESTO, PROCORALAN - miocardite lúpica - NATJUS TJMG

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Data
2020-12-04
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Resumo
trata-se de paciente de 40 anos com em acompanhamento cardiológico desde 2014, com quadro de ICC, compatível com miocardite lúpica. Histórico de AVC em 2015 tromboembólico, não podendo ser descartado vasculite/síndrome de anticorpo fosfolípide. Apresenta além da miocardite, doença miopática generalizada, fraqueza generalizada e elevação dos níveis de CPK. Em uso de anticoagulação plena e medicação para ICC otimizada em doses máxima, mantendo-se sintomática (ICC classe III, ECO FE 33% VE 69/58 AE 44 Hipocinesia difusa PSAP 42). Necessitou de internação por ICC e IRC em 2019 com recuperação da IRC após pulsoterapia. Indicada, com urgência, além das medicações disponíveis no Sistema de Saude Público a Ivabradina/Procoralan (FC acima de 70 BPM) e Sacubutril/valsartana (por manter-se sintomático) por ser capazes de reduzir mortalidade e melhorar a sintomatologia.O tratamento da IC envolve complexo arranjo de medidas farmacológicas e não farmacológicas. O tratamento farmacológico é orientado pela clínica do paciente, pelos processos envolvidos na progressão e manutenção da IC que constituem-se, alvos potenciais de intervenção terapêutica de forma complementar e aditiva no alívio dos sintomas, na melhoria da qualidade de vida e na redução da morbilidade e mortalidade associadas. Os BB muito usados no tratamento da IC por disfunção sistólica e estudos demonstraram não haver preferência de um BB em relação ao outro. As evidências iniciais, obtidas no ensaio clínico fase 3 do Entresto PARADIGM-HF demonstram sua eficácia na IC. A sacubutril/valsartana foi avaliado pela Conitec que recomendou sua incorporação ao SUS, em agosto de 2019, para o tratamento de IC crônica em pacientes com classe funcional NYHA II e BNP > 150 (ou NT-ProBNP > 600), com fração de ejeção reduzida (FEVE ≤ 35%), idade menor ou igual a 75 anos e refratários ao melhor tratamento disponível, conforme estabelecido em PCDT. A ivabradina não está disponível no SUS e a Conitec não aprovou inicialmente sua incorporação ao SUS, já que as evidências apresentadas mostraram que seu efeito é muito pequeno e restrito à diminuição de internações com aumento de risco de FA. A Diretriz da SBC não recomenda a ivabradina como primeira linha de tratamento para a ICC. Nessa diretriz a Ivabradina é considerada, com nível de recomendação classe IIa (evidências favorecem a indicação do procedimento ou a maioria dos especialistas na área indica o procedimento) para paciente em ritmo sinusal com frequência cardíaca (FC) > 70bpm e classe funcional II-IV da New York Heart Association (NYHA) com disfunção sistólica em uso de inibidor de enzima de conversão e como alternativa da DAC em pacientes que não toleram BB e naqueles com diabetes. A ESC e American Heart Association e o American College of Cardiology lançaram atualização de suas diretrizes para IC mantendo a diretriz de que essa medicação não é droga de primeira escolha no tratamento da IC.
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Palavras-chave
ENTRESTO, PROCORALAN, miocardite lúpica
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