NT 2024.0006428 - Entresto, Rivaroxabana e outros - ICC - NATJUS TJMG
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Data
2024-09-16
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Resumo
Anticoagulantes orais incluem os antagonistas da vitamina K e os novos
anticoagulantes orais não antagonistas da vitamina K (NACO). A introdução de
quatro novos anticoagulantes orais, não disponíveis no SUS, representa
alternativa na prática clínica para prevenção de fenômenos tromboembólicos,
principalmente para pacientes que apresentem contraindicações e grandes
limitações ao uso da tradicional varfarina (disponível na rede pública).
Vantagens oferecidas pelos novos anticoagulantes incluem: maior
previsibilidade da atividade farmacocinética; efeito anticoagulante com início e
término rápidos; baixa interação medicamentosa; ausência de interações
alimentares; uso em doses fixas; comodidade de não necessitar de testagem
rotineira da coagulação (RNI). Mais recentemente, a possibilidade de uso de
agentes reversores específicos para Dabigatrana (idarucizumabe) e para a
Rivaroxabana e Apixabana (andexanet-alfa), em caso de sangramento
potencialmente fatal ou devido a procedimento de urgência.
“O conforto proporcionado pelos NACO’s, pela não necessidade de
monitorização do nível de anticoagulação, entretanto, não deve ser confundido
com a não necessidade de fármaco vigilância e de atenção periódica ao
paciente como um todo”.
Dentre as desvantagens destacam-se: custo muito superior à varfarina;
uso restrito em pacientes com insuficiência renal moderada / grave e disfunção
hepática moderada/grave; possibilidade de hipercoagulabilidade paradoxal no
caso de suspensão mesmo que transitória, pela perda rápida de seus efeitos
anticoagulantes, ficando o paciente em risco de eventos embólicos; uso em
duas tomadas diárias; impossibilidade de controlar/monitorar seu efeito por
testes laboratoriais, são fatores que também exigem cautela com seu uso.
A comodidade gerada pela possibilidade do uso de um anticoagulante
oral que não exige monitoramento frequente, pode tanto aparentar uma certa
vantagem, como, também representar uma situação de risco adicional para o
paciente, pois, sem qualquer monitoramento, esses pacientes ficam mais
expostos a possibilidade de atraso no diagnóstico das complicações
hemorrágicas, previstas tanto para os novos anticoagulantes, quanto para a
varfarina.
No caso concreto, não foram identificados elementos técnicos que
indiquem contraindicação absoluta ao uso da varfarina regularmente disponível
na rede pública, através do componente básico de assistência farmacêutica,
cuja competência para o fornecimento é do Município. Não foram identificados
elementos técnicos que permitam afirmar imprescindibilidade de uso específico
da rivaroxabana, em detrimento ao uso da varfarina para a finalidade
terapêutica pretendida.
O Succinato de Metoprolol está disponível na rede pública através do
componente básico de assistência farmacêutica, nas apresentações de 25, 50
e 100 mg - comprimidos de liberação prolongada, vide RENAME 2022.