NT 2024.0005129 TEA, TDHA Venvanse, Aristab e Valdovan - NATJUS TJMG
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Data
2024-12-16
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Resumo
O Valdoxan Agomelatina (S 20098) é um antidepressivo atípico
com ação diferente dos neurotransmissores clássicos como a
serotonina, dopamina e noradrenalina. É um forte agonista dos
receptores melatonérgicos (MT1 e MT2), os quais são normalmente
ativados pela melatonina, e antagonista dos receptores 5-HT2C,
geralmente ativados pelo neurotransmissor 5-hidroxitriptamina
(também denominado serotonina). Como resultado, ressincroniza os
ritmos circadianos que estão profundamente alterados em doentes com
depressão, representado assim uma abordagem totalmente inovadora
ao tratamento da depressão. É autorizada pela Anvisa para o tratamento
do transtorno depressivo maior em adultos, que se refere a uma ampla
gama de problemas de saúde mental caracterizados pela ausência de um
efeito positivo, como perda de interesse e prazer em experiências
comuns, baixo humor e uma gama de problemas emocionais,
cognitivos, físicos e comportamentais. Deve ser utilizada com cautela em
pacientes com histórico de transtorno bipolar, mania ou hipomania e ser
descontinuada se o paciente desenvolver sintomas maníacos. Não é
disponibilizada pelo SUS, pois não consta na RENAME. No entanto, é
possível substituí-lo por antidepressivos disponibilizado pelo SUS
através de unidades municipais de saúde, os ISRS, como a fluoxetina.
No SUS o PCDT para orientar o diagnóstico e tratamento do TDAH e
TEA recomenda TCC e medicamentos, mas não recomenda a LDX ou
MPH e aripiprazol. Quanto às alternativas integrantes da RENAME 2022
e disponíveis no SUS, estão disponíveis antidepressivos tricíclicos,
(nortriptilina e amitriptilina), os ISRS como a fluoxetina e antipsicóticos
como a risperidona. Estudos controlados confirmam a superioridade de
antidepressivos tricíclicos, especialmente a desipramina e em menor
grau, a imipramina, a nortriptilina e a amitriptilina no tratamento do
TDAH, apesar de sua eficácia ser inferior àquela observada com as
medicações de primeira linha. No TDHA antipsicóticos como a
risperidona são úteis somente em casos específicos para controle do
comportamento, especialmente quando há retardo mental e TEA
comorbido como no caso. Vale destacar que no caso em tela não há
relato de depressão maior mais associada ou tratamento para tal.