NT 2025.0007325 TDAH Lisdexanfetamina - NATJUS TJMG
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Data
2025-03-09
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Resumo
O tratamento deve sempre envolver abordagens psicoterápicas e
de cunho educativo e social, é eletivo e não de urgência. A escolha do
tratamento mais adequado deve considerar comorbidades. A TCC
possibilita que o paciente (criança ou adulto) seja capaz de reestruturar
suas crenças a partir de perspectivas mais adaptativas, suprimindo ou
amenizando os comportamentos condicionados, mal adaptativos e
modificando suas crenças, pensamentos, emoções e sensações. Com
isso, espera-se desenvolver habilidades comportamentais que podem
perdurar por toda a vida. Na vida adulta e na fase infanto-juvenil, a
literatura atual mostra que a TCC associada a medicamentos quando
comparada ao uso de medicamentos isolados é superior ao controle de
sintomas de TDAH autorreferidos, na diminuição nos níveis de
ansiedade autorrelatados e uma tendência a ter menor depressão
autorreferida. Assim este tratamento é eletivo, sem característica de
urgência emergência e sintomático e não curativo. No SUS a TCC e
termo generico que contempla varias abordagens do modelo cognitivo
comportamental. É ofertada em psicoterapia, individual ou em grupo,
presente na rede de atenção psicossocial.
Estudos relatam que a terapia medicamentosa associada a
intervenções psicossociais é a maneira mais eficaz de lidar com os
sintomas de TDAH e seus prejuízos. O tratamento farmacológico,
quando necessário, baseia-se principalmente na administração de
substâncias psicoestimulantes do SNC e como referido pelo médico do
caso os medicamentos são sintomáticos e não curativos. Não deve ser
indicado para todos os pacientes, especialmente os com sintomas
secundários a fatores ambientais e/ou outros transtornos psiquiátricos
primários. O tratamento farmacológico, quando necessário baseia-se
principalmente na administração de substâncias psicoestimulantes do
SNC de curta, média e longa duração, como as anfetaminas, MPH
(ritalina®) e o LDX (venvanse®) que atuam como agonistas indiretos
desses neurotransmissores. Assim, para a maioria dos pacientes com
TDAH sem comorbidades, a primeira linha de tratamento são as
anfetaminas, em vez de outros medicamentos ou TCC. Na persistência
dos sintomas substituir por MPH, constituindo a segunda linha,
atomoxetina, bupropiona, ou antidepressivos tricíclicos (como
nortriptilina), nesta ordem de opções, nem todos ainda testados pela
paciente. Pacientes com TDHA e condições clínicas específicas são
recomendadas as seguintes alternativas como tratamento de primeira
linha no TDHA associado ao abuso atomoxetina; transtorno ativo por uso
de estimulantes, o transtorno deve ser tratado primeiro; depressão
concomitante, tratamento com bupropiona; transtornos de ansiedade
generalizada ou social concomitantes, a combinação de estimulante e
um ISRS – sertralina, paroxetina, citalopram, fluoxetina. O ISRS deve ser
iniciado primeiro e o estimulante adicionado após melhora dos
sintomas de ansiedade; déficits proeminentes no funcionamento
executivo, e a abordagem com drogas anfetaminas é complementado
Nota Técnica Nº:7235/2025 NATJUS-TJMG PM
pela TCC monoterapia em pacientes internados ou psicoterapia. Assim este
tratamento é eletivo, sem característica de urgência emergência e
sintomático e não curativo, conforme expressado pela médica.
No Brasil a LDX foi aprovada pela ANVISA para o tratamento do
TDAH e deve ser usada como parte integrante de um programa total de
tratamento, que pode incluir outras medidas (psicológicas,
educacionais e sociais) para pacientes com este transtorno. Os eventos
adversos mais comumente relatados em crianças, adolescentes e adultos
foram a diminuição do apetite e insônia, sendo de gravidade leve a
moderada. Devido aos efeitos simpaticomiméticos podem ocorrer
pequenas elevações na pressão arterial e na frequência de pulso dos
pacientes, o que indica a necessidade de acompanhamento regular dos
pacientes. Além disso, LDX não deve ser utilizada em pacientes com
sérios problemas cardíacos. No SUS o PCDT para orientar o diagnóstico
e tratamento do TDAH não recomenda o uso de MPH e LXD, pois as
evidências que sustentam a eficácia e a segurança destes tratamentos
para TDAH são frágeis dada sua baixa/muito baixa qualidade, bem como
o elevado aporte de recursos financeiros apontados na análise de
impacto orçamentário, estando disponíveis outras drogas como
antidepressivos tricíclicos, especialmente a nortriptilina e a amitriptilina
e antipsicóticos como a risperidona.
Vale ressaltar que a despeito do relato da psiquiatra, há outras
drogas disponíveis no SUS, que são eficazes nesta doença e que não
há relatos de terem sido usadas e não existindo demonstração do seu
uso, falência, contra-indicação ou efeitos adversos.