NT 2023.0003800 Dieta ALPV Pregomin - NATJUS TJMG
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Data
2023-11-06
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Resumo
trata-se de trata-se 1 ano, com histórico de prematuridade e encefalopatia hipoxico-isquêmica. Evoluiu com desnutrição, atraso do DNPM (hipotonia intensa pouca resposta social contato pobre), déficit poderoestatural importante, APLV e hérnia umbilical. Apresentando intolerância alimentar severa. Tentativa de uso de outras fórmulas sem sucesso. Necessita de acompanhamento multidisciplinar com fono, fisio, neuro e pediatra e uso contínuo de fórmulas infantis extensivamente hidrolisadas: Pregomin ou Neofort, para a melhora do estado nutricional e evitar infecções.
Alergia alimentar é o termo utilizado para descrever as reações adversas secundárias à ingestão de proteínas de alimentos ou aditivos alimentares. Os alergênos alimentares são na sua maior parte representados por glicoproteínas hidrossolúveis com peso molecular variando de 10 e 70 kDa, termoestáveis e resistentes à ação de ácidos e proteases, que estimulam resposta imunológica humoral (IgE) ou celular, como a alergia a proteína. A predisposição genética, associada a fatores de risco ambientais, culturais e comportamentais, formam a base para o desencadeamento das alergias alimentares em termos de frequência, gravidade e expressão clínica.
APLV é o termo utilizado para descrever as reações adversas secundárias à ingestão de proteínas de alimentos ou aditivos alimentares derivados do leite de vaca. O manejo da alergia alimentar é empírico pelas evidências limitadas e controvérsias em muitas áreas de sua fisiopatologia. A conduta baseia-se em três pontos fundamentais: exclusão da(s) proteína(s) alergênica(s) da dieta; prescrição de dieta substitutiva que proporcione todos os nutrientes necessários em crianças até 6 meses; prescrição de alimentação complementar até 24 meses de vida. A dieta de exclusão da(s) proteína(s) dos alimentos é fundamental. As fórmulas FEH são em geral bem toleradas em 90% dos casos, sendo a primeira opção para todas as crianças até 24 meses com APLV não mediada por IgE. Entretanto em torno de 20% dos pacientes possam necessitar de FAA por não tolerarem as FEH e apresentarem com sintomas graves e comprometimento no crescimento. O SUS incorporou em 2018 as fórmulas nutricionais à FS, FEH com ou sem lactose e FAA para crianças de 0 a 24 meses com APLV, sem entretanto vincular uma marca. No SUS está fórmula FEH está indicada até ocorrer melhora completa dos sinais e sintomas e negativação de marcadores ou quando a criança completar 2 anos de idade, não sendo seu uso indicado depois de 2 anos. No caso em telará indicação de seu uso em conformidade com o proposto pelo SUS.
Vale ressaltar que a alimentação infantil deve ser adequada de acordo com a fase do desenvolvimento humano da criança, devendo ser progressivamente modificada conforme as necessidades. O leite é considerado um alimento essencial durante os primeiros 6 meses de vida e após, deve ser progressivamente substituído.