NT 2025.0007189 Tumor neuroendócrina intestino Lanreotida - NATJUS TJMG

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2025-02-28
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Resumo
Conforme as diretrizes brasileiras e canadenses o tratamento com AS, como o LAR, é considerado a primeira linha de tratamento do TNE, preferencialmente nos tGEP bem diferenciados, inoperáveis, avançados, progressivos, com Ki67<10%. Esta droga apresenta segurança e eficácia no tratamento de TNE GEP bem diferenciados e é também empregada no controle dos sintomas da síndrome carcinóide. O principal efeito desses medicamentos é a estabilização dos tumores em relação à conduta expectante medida por critério radiológico, melhoria expressiva da qualidade de vida, não sendo observando regressão da doença ou efeito na sobrevida global. Vale ressaltar que a literatura demonstra resultados de mediana da PFS para os pacientes tratados com LAR de 96 semanas, enquanto a mediana da PFS do grupo placebo foi de 72 semanas, sendo o impacto do uso desta droga de 22 semanas, ou seja não mais que 5,5 meses. Em relação ao uso do LAR as agências internacionais a saber: o Instituto de Evaluación de Tecnologías em Salud e Investigación (IETS) no Peru considerou que seu financiamento não seria custo-efetivo comparado ao placebo não recomendaram seu uso e o Pharmaceutical Management Agency (PHARMAC) na Nova Zelândia declinou a aplicação do fundo público para financiar o tratamento com essa tecnologia. O Departamento de Avaliação de Tecnologias Sanitárias e Saúde Baseada em Evidência, Chile emitiu uma recomendação favorável de uso da medicação, assim como a Pharmaceutical Benefits Advisory Committee (PBAC), da Austrália que recomendou seu uso em pacientes com já haviam sido tratados previamente com esta medicação e que este deve ser interrompido caso não haja resposta ao tratamento clinicamente significante com redução da frequência e gravidade dos sintomas após 3 meses em uso. A Haute Autorité de Santé (HAS) na França emitiu um parecer favorável à manutenção deste medicamento na lista de reembolsáveis. Assim como a Agency for Care Effectiveness (ACE), Singapura que recomendou a tecnologia estivesse no fundo de assistência medicamentosa, já que há uma lacuna terapêutica na lista de medicamentos, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (INFARMED), Portugal também considera a utilização da desta tecnologia. Em relação ao posicionamento do tratamento com lanreotida LP Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH), Canadá concluiu que é efetiva para controlar os sintomas, com um perfil de segurança. O LAR apresenta como efeitos adversos mais comuns distúrbios do sistema gastrintestinal, como diarreia, dor abdominal leve ou moderada e transitória, colelitíase, reações no local da injeção (dor, nódulos e endurecimento), bradicardia sinusal, vertigem, cefaleia, letargia, alopecia ou hipotricose. Em fevereiro de 2024 os membros do Comitê de Medicamentos presentes na 126o Reunião Ordinária da Conitec, deliberaram, por unanimidade, recomendar a incorporação da lanreotida LAR e não recomendar a incorporação da octreotida LAR para o tratamento de pacientes com sintomas associados a tumores endócrinos gastroenteropancreáticos funcionais (síndrome carcinoide), esta recomendação justifica-se pela maior eficiência (menor custo e maior benefício) da lanreotida LP em relação a quimioterapia e da razão de custo-efetividade incremental da octreotida em relação a lanreotida LP.
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