NT 2023.0004716 Linfoma de Hodgink - NATJUS TJMG

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2024-04-08
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Resumo
trata-se de paciente de 34 anos com diagnóstico após biopsia de mediastino anterior em 2021, de linfoma de alto grau, perfil imunoohistoquímico linfoma de Hodgkin clássico, subtipo esclerose nodular em mediastino. Submetido a quimioterapia ABVD 6 ciclos (dezembro 21 a maio de 22). PET-CT de 24/08/2022 sinais de atividade neoplásica mediastinal, linfonodal, infradiafragmática e extranodal óssea, demonstrando recaída da doença. Recebeu quimioterapia DHAP 2 ciclos em novembro de 2022. PET-CT de 01/02/2023 com sinais de atividade neoplásica. Surgimento de linfonodos infradiafragmáticos (pélvico) e de lesões óssea na bacia e coluna vertebral. Mielograma de 21/03/2023 normocelular para idade. Biópsia de medula óssea ausência de sinais de linfoma na amostra. Tratamento com quimioterapia GDP 2 ciclos. PET-CT de 27/07/2023, evidenciando grande aumento de sinais de atividade neoplásica linfonodal supra e infradiafragmática e ósseas, compatível com Deauville 5, progressão da doença. Necessita de brentuximabe Vedotin 1,8mg/kg EV, em 30 minutos a cada 3 semanas. Os LH, são tumores do sistema imunológico de células B malignizadas chamadas de células de Reed-Sternberg envoltas em infiltrado inflamatório característico. Pode ocorrer em qualquer idade, mas predomina uma distribuição bimodal com o pico mais comum por volta dos 20-25 anos e outro a partir dos 50 com predomínio na faixa dos 80 anos. Apresenta 2 tipos histológicos o clássico, que ocorre em 90% dos casos e não clássico. Geralmente tem bom prognóstico. Nos estágios avançados a sobrevida é influenciada pelo: estágio, idade, sexo, níveis de hemoglobina, albumina, glóbulos brancos e linfócitos. Seu tratamento envolve quimioterapia, radioterapia TACTH e uso de imunobiológicos, sendo de primeira linha a quimioterapia associada ou não a radioterapia. Em 10 a 35% dos casos a doença progride sendo necessário terapia de segunda linha com quimioterapia de resgate em alta dose, seguida por TACTH com ou sem radioterapia, com remissão da doença em 50% desses. Casos refratários ou que progridem até 1 ano após o transplante, ou inelegíveis ao transplante são submetidos a mais linhas de quimioterapia associada ou não a radioterapia, e/ou TACTH ou apenas radioterapia se os dois a quimioterapia e o transplante forem contra-indicados. Se ainda assim o paciente tiver alto risco de recaída, o brentuximabe vedotina é uma opção se a terapia de alta dose e TACTH, associados ou não à radioterapia falharam, ou se houve falha de ao menos duas quimioterapia de multiagentes. O brentuximabe vedotina é um anticorpo monoclonal dirigido para CD30, que libera um agente antineoplásico, seletivamente em células tumorais que expressam CD30, resultando em morte celular por apoptose. Tem ação demonstrada nos LH com boa resposta objetiva e global além de probabilidades de sobrevida global 41% e livre de progressão de 22% em 5 anos. No Brasil, o SUS apresenta o Protocolo Clínico e diretrizes Terapêuticas do que envolve tanto quimioterapia, radioterapia, transplantes de células-tronco tanto autólogo quanto alogênico e intercorrências para adultos, de acordo com estagio da doença. O medicamento brentuximabe vedotina, foi incorporado no âmbito do SUS, para o tratamento de pacientes adultos com LH efratário ou recidivado após TACTH, por meio da Portaria nº 12, de 11 de março de 2019, e também será fornecido por unidades de saúde credenciadas ao SUS e habilitadas em Oncologia (CACON e UNACON) seguindo o respectivo fluxo de medicamentos antineoplásicos, a partir da atualização do valor referente aos procedimentos de quimioterapia da Doença de Hodgkin.
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