NT 2025.0007713 TDAH Lisdexanfetamina - NATJUS TJMG

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2025-05-22
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Resumo
A Nota Técnica nº 7713 aborda de forma aprofundada o tratamento farmacológico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com ênfase especial na utilização da lisdexanfetamina (Venvanse®), que é um dos principais medicamentos psicoestimulantes recomendados para essa condição. A avaliação baseia-se em evidências científicas e estudos clínicos disponíveis até a data, reforçando que a lisdexanfetamina possui aprovação da ANVISA para uso em crianças, adolescentes e adultos, o que reflete a sua eficácia comprovada na melhora dos principais sintomas do TDAH, como desatenção, hiperatividade e impulsividade. O documento destaca que o TDAH é uma condição neurodesenvolvimental de origem multifatorial, que impacta significativamente a qualidade de vida do paciente, interferindo no desempenho escolar, social e na rotina diária. A terapia medicamentosa, associada às intervenções psicossociais e pedagógicas, constitui-se como uma abordagem de primeira linha tanto em crianças quanto em adultos. Ressalta que o uso racional da medicação, com acompanhamento clínico adequado, é fundamental para maximizar os benefícios e minimizar riscos. Evidências apontam que a lisdexanfetamina apresenta alta eficácia no controle dos sintomas, promovendo melhorias no funcionamento cognitivo, na atenção, redução da impulsividade e hiperatividade, além de melhorar aspectos emocionais e comportamentais. Entretanto, reforça que o uso do medicamento deve ser monitorado rigorosamente por profissional de saúde capacitado, devido ao potencial de efeitos adversos que podem ocorrer, incluindo perda de apetite, insônia, ansiedade, aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão arterial, além de possíveis efeitos neuropsiquiátricos, como alterações de humor, agitação e até sensação de dependência em casos de uso inadequado ou prolongado. O documento ainda aborda que, apesar de a lisdexanfetamina ser considerada uma opção de primeira linha, sua prescrição deve ser embasada na avaliação clínica criteriosa, levando em consideração o perfil individual do paciente, possíveis comorbidades, com o objetivo de evitar o uso indiscriminado ou excessivo. Destaca a importância do acompanhamento multidisciplinar, envolvendo psiquiatras, neurologistas, psicólogos, além de equipes de saúde da criança e do adolescente, para garantir uma assistência integrada e de alta qualidade. Por fim, a nota técnica reforça que a decisão de iniciar o tratamento medicamentoso deve sempre considerar uma avaliação de risco-benefício, com foco na individualidade do paciente, e que o uso deve ser complementado por intervenções não farmacológicas, como terapia cognitivo-comportamental, treinamento de habilidades sociais e apoio escolar. A integração dessas ações é fundamental para alcançar resultados terapêuticos mais duradouros e reduzir possíveis efeitos colaterais, promovendo uma melhora substancial na qualidade de vida, na autoestima e na funcionalidade do indivíduo com TDAH.
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