2024.0006660 TEA Consulta psiquiátrica e terapias ABA - NATJUS TJMG

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2024-10-18
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Resumo
O tratamento do TEA é eletivo, sem característica de urgência emergência e sintomático e não curativo, já que este transtorno tem características evolutivas e irreversível, como referido pelos médicos asistentesmas com grande melhora se as devidas terapias adequadas são instituídas precocemente. No SUS os PCDT para orientar o diagnóstico e tratamento do do TEA ainda estão em fase de definição. A psicoterapia, individual ou em grupo é ofertada. Diante da complexidade que envolve a problemática de saúde do TEA, são necessários o envolvimento e a articulação dos entes federados na organização dos serviços, a fim de ofertar cuidado multidisciplinar adequado, integral e longitudinal, por meio de abordagens individuais e coletivas, não sendo obrigatoriamente oferecer terapias ABA, TEACCH dentre outras, já que as revisões sistemáticas reconhecem os benefícios de diversas intervenções, sem sugerir superioridade de qualquer modelo. Essas abordagens devem envolver ações direcionadas tanto para o usuário quanto para a família, o que exige a organização do processo de trabalho em toda a rede de atenção à saúde, assim como nos demais setores envolvidos (educação e assistencial social, por exemplo). O cuidado de crianças e adolescentes gravemente comprometidos psiquicamente, como os pacientes com TDAH, autismo, psicoses, neuroses graves e todos aqueles que, por sua condição psíquica, estão impossibilitados de manter ou estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial, é realizado gratuitamente nos serviços especializados nos CAPSi. O Ministério da Saúde em 2015, definiu a Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com TEA na articulação entre os componentes e seus pontos de atenção é central para a garantia da integralidade do cuidado e do acesso regulado a cada ponto de atenção e/ou aos serviços de apoio, observadas as especificidades inerentes e indispensáveis à garantia da equidade na atenção de seus usuários. Cabe a esta rede desenvolver as estratégias terapêuticas direcionadas ao desenvolvimento de funcionalidades e à compensação de limitações funcionais, assim como à prevenção ou ao retardo de possível deterioração das capacidades funcionais. Até o momento, os medicamentos disponíveis para o tratamento do TEA são voltados à redução dos sintomas associados à condição e deve ser considerado um complemento as terapias não medicamentosas e não a única ou principal estratégia de cuidado. O balanço de riscos e benefícios do tratamento farmacológico deve ser considerado e discutido com o indivíduo, pais ou responsáveis, para que a decisão sobre a melhor estratégia terapêutica seja compartilhada. No comportamento agressivo (autoagressão ou agressão a outras pessoas), os antipsicóticos demonstram benefício quando houver baixa resposta ou não adesão às intervenções não-farmacológicas. Entre os antipsicóticos, as diretrizes clínicas internacionais recomendam o uso de risperidona ou aripiprazol como opção terapêutica sem que um medicamento seja considerado mais adequado, efetivo ou seguro. A risperidona está incluída no SUS e descrita para uso no PCDT do TEA Como relatado pela Secretaria Estadual de Saúde a Macrorregião do Vale do Aço está inserida na Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência do SUS/MG e conta com os serviços do CER II - Unileste/Ipatinga, habilitado para atendimento aos 35 municípios nas modalidades Fisica e Visual - Instrutivo de Reabilitação, Ministério da Saúde 2020, Rede de Cuidados a Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS - e o SERDI TIPO I/Ipatinga. Embora o municipio de Ipatinga possui um SERDI TIPO I, credenciado pelo SUS, e o Estado realiza repasse do recurso mensal para cobertura das despesas de custeio e a manutenção do serviço, encontra-se sem prestador desde de abril de 2021. Assim o caso em tela não existe solicitação de procedimento diverso, não contemplado pelo SUS, que requeira avaliação de indicação, imprescindibilidade, ou não pelo NATJUS dos mesmos. Trata-se de demanda, relacionada à gestão da assistência a saúde e depende da melhor articulação de fluxos pelo gestor local, no caso o município de Ipatinga na articulação de sua rede de atenção a saude mental.
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