NT 2022.0003169 Esclerose tuberosa Everolimus, levatiracetan, lamotrigna - NATJUS TJMG

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Data
2023-05-05
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Resumo
Não há tratamento curativo para ET e epilepsia. No caso da epilepsia o uso de FAE é recomendado o quanto antes, já que o controle precoce e agressivo das crises pode mitigar os efeitos prejudiciais da epilepsia no neurodesenvolvimento. A escolha do FAE depende do tipo de convulsão e síndrome epiléptico. A associação de diferentes antiepilépticos deverá ser cuidadosamente realizada no sentido de obter o melhor sinergismo farmacológico e com menos efeitos secundários. Síndrome de West: O tratamento de primeira linha nos espasmos infantis deverá ser a vigabatrina e os esteroides e FAE clássicos são adequados para a segunda linha. As drogas levetiracetam, lamotrigina e clonazepam têm indicações bem estabelecidas e conforme o PCDT Epilepsia revisado em 2018 podem ser usadas na epilepsia generalizada, e estão disponíveis no SUS por meio do CEAF. O SUS também disponibiliza o tratamento cirúrgico do SEGA, considerado padrão ouro. A ressecção cirúrgica deve ser realizada após a demonstração sequencial do crescimento tumoral por técnicas de imagem (ressonância nuclear magnética) e possui o inconveniente de alguns tumores não ser ressecáveis, devido a sua localização, e a possibilidade de sequelas em consequência da perda de massa cerebral. As indicações para intervenção cirúrgica variam na literatura, mas globalmente incluem a presença de hidrocefalia ou aumento da pressão intracraniana, aumento o tamanho tumoral em avaliações seriadas ou déficits neurológicos de novo atribuíveis ao astrocitoma, não descritas no caso. O uso de drogas como rapamicina (mTOR) e os outros rapalogs como o everolimus, está indicada em paciente não candidatos a cirurgia, com o objetivo de reduzir ou estabilizar o astrocitoma. O everolimus, é aprovado pelo FDA e EMA para angiomiolipoma renal associado ao complexo da ET e SEGA não candidatos a cirurgia, contudo aplicações para outras manifestações do complexo da ET ainda não foram bem estabelecida. Há evidências convincentes de redução do tamanho do tumor após 24 semanas de tratamento com everolimus oral e que seu aumentou o número de pessoas que atingiram uma redução de 50% no tamanho do SEGA e do angiomiolipoma renal. Tais evidências tanto no SEGA quanto no angiomiolipoma renal são suficientes para seu uso na prática clínica, na dose de 5-10 ng/ml, a serem tomados uma vez ao dia no mesmo horário todos os dias, pois os benefícios superam os riscos nos USA e na Europa. O efeito do everolimus oral na frequência de convulsões foi relatado em um estudo, mas o resultado foi inconclusivo. Mais pesquisas são necessárias para definir melhor os efeitos da rapamicina ou rapalogs em outras manifestações do complexo da ET, como convulsões e problemas neurocognitivos. Existe recomendação de especialistas apoiando o papel do everolimus adjuvante para convulsões refratárias a drogas associadas ao TE e enfatizando a necessidade de avaliação cirúrgica precoce no tratamento desta condição. A CONITEC avaliou o uso do everolimus no tratamento do SEGA associado a TE, decidindo pela sua não incorporação.
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Palavras-chave
Everolimus 5mg (30 comprimidos); Keppra (Levetiracetam) 250 mg (2 caixas com 30 comprimidos cada Lamotrigina 25m9 (3 caixas com 30 comprimidos cada); Clonazepam, esclerose tuberosa intrauterino, epilepsia refratária e lesão do sistema nervoso central compatível com astrocitoma de células gigantes
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