NT 2024.0005354 TDHA Venvanse - NATJUS TJMG
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Data
2024-04-29
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Resumo
Estudos relatam que a terapia medicamentosa associada a
intervenções psicossociais é a maneira mais eficaz de lidar com os
sintomas de TDAH e seus prejuízos. O tratamento farmacológico,
quando necessário, baseia-se principalmente na administração de
substâncias psicoestimulantes do SNC e como referido pelo médico do
caso os medicamentos são sintomáticos e não curativos. Não deve ser
indicado para todos os pacientes, especialmente os com sintomas
secundários a fatores ambientais e/ou outros transtornos psiquiátricos
primários. O tratamento farmacológico, quando necessário baseia-se
principalmente na administração de substâncias psicoestimulantes do
SNC de curta, média e longa duração, como as anfetaminas, MPH
(ritalina®) e o LDX (venvanse®) que atuam como agonistas indiretos
desses neurotransmissores. Assim, para a maioria dos adultos com
TDAH sem comorbidades, a primeira linha de tratamento são as
anfetaminas, em vez de outros medicamentos ou TCC. Na persistência
dos sintomas substituir por MPH, constituindo a segunda linha,
atomoxetina, bupropiona, ou antidepressivos tricíclicos (como
nortriptilina), nesta ordem de opções, nem todos ainda testados pela
paciente. Pacientes com TDHA e condições clínicas específicas são
recomendadas as seguintes alternativas como tratamento de primeira
linha no TDHA associado ao abuso atomoxetina; transtorno ativo por
uso de estimulantes, o transtorno deve ser tratado primeiro; depressão
concomitante, tratamento com bupropiona; transtornos de ansiedade
generalizada ou social concomitantes, a combinação de estimulante e
um ISRS – sertralina, paroxetina, citalopram, fluoxetina, como no caso
em tela e pode ser o usado o escitalopran. O ISRS deve ser iniciado
primeiro e o estimulante adicionado após melhora dos sintomas de
ansiedade; déficits proeminentes no funcionamento executivo, e a
abordagem com drogas anfetaminas é complementado pela TCC
monoterapia em pacientes internados ou psicoterapia. Assim este
tratamento é eletivo, sem característica de urgência emergência e
sintomático e não curativo.
No Brasil a LDX foi aprovada pela ANVISA para o tratamento do
TDAH e deve ser usada como parte integrante de um programa total de
tratamento, que pode incluir outras medidas (psicológicas,
educacionais e sociais) para pacientes com este transtorno. Os eventos
adversos mais comumente relatados em crianças, adolescentes e adultos
foram a diminuição do apetite e insônia, sendo de gravidade leve a
moderada. Devido aos efeitos simpaticomiméticos podem ocorrer
pequenas elevações na pressão arterial e na frequência de pulso dos
pacientes, o que indica a necessidade de acompanhamento regular dos
pacientes. Além disso, LDX não deve ser utilizada em pacientes com
sérios problemas cardíacos. No SUS o PCDT para orientar o diagnóstico
e tratamento do TDAH não recomenda o uso de MPH e LXD, pois as
evidências que sustentam a eficácia e a segurança destes tratamentos
para TDAH são frágeis dada sua baixa/muito baixa qualidade, bem como
o elevado aporte de recursos financeiros apontados na análise de
impacto orçamentário.