NT 2022.0002786 Ca de reto metastatico Cetuximabe - NATJUS TJMG
dc.contributor.author | NATJUS - TJMG | |
dc.date.accessioned | 2022-05-05T12:54:38Z | |
dc.date.available | 2022-05-05T12:54:38Z | |
dc.date.issued | 2022-05-02 | |
dc.description.abstract | trata-se de paciente de 50 anos, com história de polipose ademomatosa familiar e neoplasia de reto avançada, RAS selvagem em novembro de 2019. Tratado incialmente com radioterapia neoadjuvante, seguida de quimioterapia sistêmica em 1a linha paliativa com FOLFOX, de 2020 a 2021. Evoluiu com progressão hepática e pulmonar tratada com quimioterapia de 2a linha IFL, de março a novembro/2021. Nova progressão hepática e pulmonar, iniciado quimioterapia de 3a linha paliativa com Xeloda, de novembro/2021 a janeiro/2022. Progressão hepática e pulmonar sendo tentado exposição a FLOX, de janeiro a março/22 sem sucesso. Mantendo pesquisa de mutações KRAS e NRAS BRAF não detectadas em 2021. Solicitado Cetuximabe, 985mg, venoso a cada 14 dias, pelo benefício em sobrevida global e livre de progressão da doença, no SUS sem substituto no SUS e sem possibilidade de realização através do sistema APAC pelo seu alto custo. O CCR é um dos tumores mais comum do trato digestivo, sendo diagnosticado tardiamente, quando já há disseminação da doença, em 85% dos pacientes. O local mais comum de metástases a distância é o fígado, responsável por dois terços das mortes nesses pacientes. O prognóstico na doença avançada metastática de sobrevida é de 13,5%. O CCR tem relação com o gene RAS que regula função no crescimento e regulação celular afetando diversas funções celulares. A presença dessa mutação ajuda a direcionar o o tratamento. O SUS disponibiliza tratamento cirúrgico, radio e quimioterápico baseado no uso de 5-fluorouracil e leucovorin infusional, leucovorin e oxaliplatina – FOLFOX ou irinotecano – FOLFIRI). O cetuximabe, anticorpo monoclonal antagonista competitivo ao domínio extracelular EGFR. Indicado pela Anvisa para o tratamento de pacientes com CCRm RAS não mutado e com expressão do receptor do EGFR. O cetuximabe é um anticorpo monoclonal quimérico que age como um antagonista competitivo ligando-se ao domínio extracelular do EGFR bloqueando desta forma a regulação do crescimento e da proliferação celular, atuando como antineoplásico. Tem indicação segundo a Anvisa para o tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático RAS não mutado e com expressão do receptor do EGFR; em combinação com quimioterapia à base de irinotecano ou com oxaliplatina mais 5- fluoruracila e ácido folínico em infusão contínua; como agente único em pacientes com falha da terapia convencional de oxaliplatina e irinotecano, ou intolerantes ao irinotecano. Os membros da CONITEC em novembro de 2017, deliberaram, por unanimidade, por não recomendar o cetuximabe para o tratamento do CCRm RAS selvagem com doença limitada ao fígado em primeira linha. Revisão da Cochrane mostra que o uso do cetuximabe associado a quimioterapia ou aos melhores cuidados de suporte melhora a sobrevida livre de progressão (evidência de moderada a alta qualidade), sobrevida global (evidência de alta qualidade) e taxa de resposta tumoral (evidência de moderada a alta qualidade), porém pode aumentar a toxicidade em pessoas com CCRm de tipo selvagem KRAS exon 2 tipo selvagem ou estendido RAS. A pesquisa mostrou que pessoas que não têm mutações (tipo selvagem KRAS e NRAS) beneficiam deste tratamento. Pesquisas também demonstraram que o aumento da sobrevida livre de progressão de doença e global refletem aumento de meses das mesmas de 2,3 a 24,4 meses, que significam ganho real em relação ao tratamento proposto pelo SUS de 6 a 9 meses. Assim a CONITEC deliberou por não recomendar o cetuximabe no tratamento do CCRm RAS selvagem com doença limitada ao fígado em primeira linha, já que estudos demonstram ausência de clareza de seu significado clínico em termos de benefícios clínicos duradouros ou ganho de sobrevida. É importante enfatizar que, o paciente em tela desde o diagnóstico apresenta sobrevida de 3 anos, com recidivas recorrentes a 4 tratamentos de quimioterapia e que ao contrário do afirmado pela médica assistente, o cetuximabe, apesar de não fazer tarde do SUS, e do custo do tratamento com a mesma ser superior as demais, pode ser usada no SUS, já que: - o esquema de tratamento deve ser definido pelo médico em conjunto com o paciente, conforme protocolo do serviço de saúde assistencial; - v alor de reembolso pelo SUS, será o valor proposto para as APACs disponíveis para o tratamento do CCRma dinâmica do tratamento oncológico; - há situações onde o recurso transferido pelo sistema APAC é suficiente para cobrir o tratamento; - pe lo procedimento APAC de tratamento com cetuximabe do CCR por pacientes no âmbito do SUS não está inviabilizado; - as sim pode ser usada, dentro do procedimento APAC de tratamento do CCR, se assim o médico e o paciente definirem, dentro da dinâmica do tratamento oncológico. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://bd.tjmg.jus.br/jspui/handle/tjmg/12796 | |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | CETUXIMABE | pt_BR |
dc.subject | polipose ademomatosa familiar e neoplasia de reto avançada | pt_BR |
dc.title | NT 2022.0002786 Ca de reto metastatico Cetuximabe - NATJUS TJMG | pt_BR |
dc.type | Other | pt_BR |
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