NT 2024.0006323 Mielomeningocele PEG 4000 - NATJUS TJMG

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2025-04-01
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
trata-se de adolescente de 16 anos com constipação intestinal crônica por mielomenigocele. Solicitado o uso de PEG 4000. A constipação intestinal é uma doença crônica participando de sua patogênese combinação entre anormalidade de motilidade por alterações motoras e mioelétricas, hipersensibilidade visceral, comuns na mielomeningocele, a dor e distensão, infecção intestinal com supercrescimento bacteriano e anormalidade psicológicas. Seu tratamento é prolongado, multifatorial, dividido em várias etapas não consecutivas e que depende da idade do paciente, de fatores desencadeantes dietéticos ou comportamentais e da cronicidade dos sintomas. Baseia se no conceito de retreinamento intestinal. Em sua abordagem, deve incluir orientações quanto às medidas comportamentais, aumento da ingestão de fibras e de líquidos e uso de medicamentos laxativos, geralmente por tempo prolongado. A opção de medicamentos é restrita e há problemas, principalmente em crianças, com os efeitos adversos e a dificuldade de aceitação com seu uso prolongado de laxativos. O PEG é um laxativo osmótico, não disponível no SUS, utilizado para o tratamento da constipação. No SUS os laxativos disponíveis são: glicerol supositório, lactulose na forma de xarope e sulfato de magnésio na forma de pó para solução oral. Não há estudos de elevada evidência científica que possibilitem atribuir ao PEG, superioridade terapêutica em relação aos medicamentos disponíveis no SUS. A literatura disponível É frágil, com estudos metodologicamente deficientes, o que não permite uma conclusão sobre sua eficácia. Os estudos revelam que a eficácia e segurança entre os diversos laxativos se equivalem, sobretudo quando indicado seu uso a longo prazo. É plausível que, diante da maior chance de aceitação por parte das crianças, devido ao seu sabor mais palatável, o PEG permita maior adesão ao tratamento. Não foram identificados elementos de contra indicação absoluta ao uso das medidas farmacológicas disponíveis na rede pública e tão pouco se as drogas disponíveis no SUS, como óleo mineral, hidróxido de magnésio ou lactulona.
Descrição
Palavras-chave
Citação
Coleções