NT 2025.0007520 Orquidopexia - NATJUS TJMG

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2025-04-04
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Resumo
A orquidopexia quando indicada, deve ser realizada após 6 meses de idade e antes dos 18 meses de idade para reduzir os riscos de infertilidade, torção e desenvolvimento de câncer.2 Se um testículo não concluiu sua descida aos seis meses de idade (corrigido para a idade gestacional), e como a descida testicular espontânea é improvável de ocorrer após essa idade, a cirurgia deve ser realizada no ano subsequente. Uma revisão sistemática e meta-análise comparando os resultados da orquidopexia antes e depois de um ano de idade não encontrou nenhuma diferença na taxa de atrofia, no entanto, a orquidopexia precoce foi associada a maior volume testicular e mais espermatogônias por túbulo (índice de fertilidade) como possíveis marcadores para melhor potencial de fertilidade. Essas descobertas ressaltam a importância da orquidopexia precoce entre as idades de seis e doze meses (18 meses o mais tardar). Mas, apesar da orquidopexia precoce e bem-sucedida no primeiro ano de vida, até 25% dos meninos com testículos não descidos não sindrômicos podem estar em risco de infertilidade com base em dados hormonais e histológicos, como uma série de 333 meninos mostrou. Isto é especialmente verdadeiro para casos bilaterais, mas além disso, em cerca de 5% dos casos unilaterais, um número reduzido de células germinativas foi detectado também em biópsias testiculares.3 Muitos pacientes não recebem a cirurgia necessária dentro do período de tempo recomendado devido a muitos fatores, incluindo redução de consultas de rotina pediátricas, problemas familiares, logística, maior dependência de médicos de família em vez de pediatras para encaminhamentos cirúrgicos oportunos, etnia, situação do seguro e uma falta geral de familiaridade entre os médicos de atenção primária com as recomendações atuais sobre a idade ideal para encaminhamentos cirúrgicos. O procedimento cirúrgico de orquidopexia é eletivo, infelizmente no caso concreto, a idade ideal para a abordagem cirúrgica da criptorquidia bilateral foi ultrapassada. O procedimento solicitado está previsto / disponível no SUS. Embora não exista situação de urgência médica, a criança tem indicação de ser encaminhada para a realização do procedimento com a maior brevidade possível. O acesso ao procedimento na rede pública, é questão estritamente relacionada à gestão da saúde pública. Cabe à central de regulação do SUS a priorização do caso concreto, em relação aos demais pacientes aguardando pela realização do procedimento solicitado.
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