NT 2353 2021 - Somatropina Humana - baixa estatura idiopática - NATJUS TJMG

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Data
2021-07-29
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Resumo
trata de 10 anos com BEI severa. Apresenta altura com DP = -2,25 da curva da OMS, puberdade que ocorrerá em breve e risco de ficar com nanismo. Tratamento prévio com polivitamínicos sem resultado. Indicado uso de somatotrofina humana (GH), com dose ajustada de acordo com o peso, por pelo menos 6 anos, mesmo sabendo que tal indicação não preenche os critérios estabelecidos no Protocolo do Ministério da Saúde. O diagnóstico de BEI deve ser de exclusão, considerando-se a história clínica cuidadosa e o exame físico detalhado que inclua dados antropométricos, como estatura, peso, IMC e relação entre os seguimentos superior e inferior, também evidenciada pela relação da estatura sentada em comparação à estatura do paciente. Na BEI ascrianças são mais baixas do que seus pares por razões desconhecidas ou hereditárias, tiveram tamanho normal para a idade gestacional ao nascer, apresentam velocidade de crescimento normal ou baixa, têm proporções corporais normais e não apresentam doenças crônicas ou deficiência endócrina. A despeito de sua aprovação pelo FDA para casos de BEI, não há consenso do seu uso em crianças consideradas BEI. A indicação indiscutível e clássica do uso do hormônio do crescimento recombinante, somatropina, é para as crianças com BE devido à sua falta. Assim, o fato de que BEI possa ser tratada com GH não significa que deva ser necessariamente tratada em crianças definidas como normais. Nessa situação, o consenso mostra que evidência de benefício clínico marginal, segurança de longo prazo não bem definida e custo do tratamento alto. Assim a indicação de tratamento deve sempre ser reavaliada sendo a decisão final controversa e individual. O SUS disponibiliza o hormônio do crescimento através de protocolo para pacientes portadores de hipopituitarismo, por meio do CEAF, não havendo previsão de fornecimento regular para o quadro apresentado pelo requerente, BEI, conforme a literatura clássica. Vale ressaltar que não está demonstrado, que uma maior estatura esteja necessariamente associada a modificações positivas na qualidade de vida das pessoas com BE. Intervenções não hormonais de natureza psicológica e reforço de medidas de suporte constitui um marco fundamental na abordagem destas crianças e famílias.
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Somatropina Humana (GH), baixa estatura idiopática
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