NT 2024.0006919 Estenose de uretra Uretroplastia Gestão - NATJUS TJMG
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Data
2024-12-10
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Resumo
A definição da técnica cirúrgica a ser utilizada deve levar em
conta a etiologia, a localização, a severidade, o comprimento da
estenose, os tratamentos prévios, as comorbidades, a presença de
líquen escleroso e a preferência do paciente. Como regra geral, para
realização de uretroplastia na estenose recorrente, os pacientes devem ser
referenciados para centros capacitados. Os tratamentos cirúrgicos são
geralmente necessários para a estenose obstrutiva da uretra e podem
incluir meatotomia se necessário. Ao pensar no tratamento das
estenoses de uretra, é obrigatório ter ciência que se trata da abordagem
de uma cicatriz e, para tal, os melhores resultados são obtidos com a
remoção completa deste tecido cicatricial, quando possível, e
anastomose boca a boca entre os segmentos sadios. Na
impossibilidade da remoção completa, pode-se lançar mão de técnicas
com a utilização de retalhos e/ou enxertos para substituição de grandes
segmentos uretrais, ureteroplastia autogena. O uso da cistostomia por
um período mínimo de 30 dias pré operatório é uma prática que deve ser
encorajada. A uretroplastia, ou a excisão do segmento estenótico da
uretra e anastomose com tecidos sadios e saudáveis, é considerada a
forma mais adequada e definitiva de tratamento das estenoses uretrais.
Pode ser realizada com anastomoses primárias ou com enxertos/retalhos de
tecidos, ureteroplastia autogena. Vários estudos comparando formas de
tratamento das estenoses de uretra até 2 cm, com a uretroplastia
convencional com anastomose termino-terminal, demonstram que o
realinhamento após a ressecção do segmento estenótico apresenta o melhor
resultado clínico, e menor taxa de recidiva no longo prazo, com índices
de sucesso de 90 a 95%. Casos em que o comprimento da estenose é >
1,5 cm podem necessitar de enxerto, para reconstituir a uretra,
anastomoses término terminal estendida com retalho de prepúcio. Nos
casos onde foi necessário a colocação de enxertos de mucosa oral,
estenose > 2,5 cm, tidos como mais graves e complexos de, o índice de
sucesso num prazo de 3 anos é de 88%, com índices de recorrência de
15%.
No SUS a uretroplastia está disponível, na Tabela SIGTAB, como
procedimento de média complexidade, para realização em unidades
especializadas. Desta forma, a responsabilidade de prover os fluxos
para a realização da cirurgia, cabe ao gestor local, não existindo
solicitação de procedimento diverso, não contemplado pelo SUS, que
requeira avaliação de indicação, imprescindibilidade, substituição ou
não pelo NATJUS, mas necessidade melhor articulação de fluxos,
competência esta, dos gestor local, no caso o município de Montes
Claros de gestão plena.