NT 2024.0006832 TDHA , TOD Ritalina e Aripripazol -arpejo - NATJUS TJMG
Carregando...
Data
2024-11-27
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
No TOD, os agentes farmacológicos são normalmente reservados
para os comportamentos agressivos e perturbadores não podem ser
gerenciados apenas pelas intervenções psicossociais. O tratamento de
comorbidades é primordial e deve ser a primeira opção considerada, e a
carga potencial dos efeitos colaterais deve ser cuidadosamente
considerada. Objetivos claros de tratamento devem ser identificados
antes do início da farmacoterapia, e os efeitos adversos devem ser
discutidos com o paciente e membros da família e avaliados
regularmente no acompanhamento. Agentes farmacológicos no
ambiente agudo devem ser avaliados caso a caso. Em casos de
desregulação emocional comorbidade grave ou agressão grave, um
antipsicótico atípico pode ser adicionado. A risperidona tem a melhor
evidência de controle de comportamentos agressivos, seguida pelo
aripiprazol (arpejo®). No Brasil apenas a risperidona e a piperazina estão
indicadas no tratamento do controle do comportamento como agressão.
O uso do aripripazol, nesta condição é considerado off label e inclusive
não é recomendado para o uso em crianças. Embora tenha sido observado
que a quetiapina alivia a agressão, sua ampla gama de efeitos colaterais
a torna uma escolha menos favorável do que outros antipsicóticos atípicos.
Se a agressão continuar sem ser controlada, um estabilizador de humor
pode ser considerado após uma avaliação completa. No entanto, as
evidências para o uso de lítio, carbamazepina e lamotrigina não são
robustas. Estimulantes, incluindo o MTF, são úteis em casos de TDAH
comorbido, e não estimulantes como atomoxetina, guanfacina e
clonidina também têm efeitos benéficos.
No SUS o PCDT para orientar o diagnóstico e tratamento do TDAH
recomenda TCC e medicamentos, mas não recomenda a LDX ou MPH.
Quanto às alternativas integrantes da RENAME 2022 e disponíveis no
SUS, estão disponíveis antidepressivos tricíclicos, especialmente a
nortriptilina, amitriptilina, imipramina e antipsicóticos como a
risperidona. Estudos controlados confirmam a superioridade de
antidepressivos tricíclicos, especialmente a desipramina e em menor
grau, a imipramina, a nortriptilina e a amitriptilina no tratamento do TDAH,
apesar de sua eficácia ser inferior àquela observada com as medicações
de primeira linha. No TDHA antipsicóticos como a risperidona são úteis
somente em casos específicos para controle do comportamento,
especialmente quando há retardo mental estando também indicada no
TEA. Alguns estados e municípios, dispensam o MPH, conforme
protocolos específicos nos Centros de Atenção Psicossocial Infantil
(CAPSi), para tratamento da esquizofrenia Centro Psíquico da
Adolescência e Infância (CEPAI), unidade da FHEMIG, em Belo Horizonte
e na Policlínica Municipal de Ipatinga.