NT 2023.0003334 Transplante alogênico Doador LLA - NATJUS TJMG
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Data
2023-11-06
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Resumo
No tratamento da LLA, apesar de estarem a surgir novas abordagens, com estratégias terapêuticas cada vez mais direcionadas e individualizadas, atualmente, a terapia convencional do tratamento da LLA é a quimioterapia e transplante de medula. A quimioterapia é considerada a primeira linha de tratamento, podendo atingir um percentual de cura em 90% em crianças; que decai expressivamente em adultos. O TCTH pode ser usado em grupos de pacientes com fatores prognósticos adversos, contribuindo de forma positiva para a taxa de cura. O transplante alogénico ainda constitui o tratamento padrão para os casos de doença refratária ou recidivante. Em pacientes com DRM positivo, TCTH foi associado a uma melhor sobrevida livre de recidiva. O transplante alogênico é aquele no qual as células precursoras da medula provêm de outro indivíduo (doador), de acordo com o nível de compatibilidade do material sanguíneo, sendo necessário um doador compatível para a realização desta tipologia de transplante. Somente 30% dos pacientes terão um doador aparentado compatível, fator de grande dificuldade nesta abordagem terapêutica, tornando necessária a busca por outros doadores em bancos de medula óssea, o que pode dificultar e lentificar o processo terapêutico, ou a realização de TCTH haploidêntico, aquele com compatibilização de apenas um haplótipo entre paciente e doador (pai, mãe ou irmão). Além desta seleção de um doador compatível, para que a doação ocorra com sucesso é necessário seguir uma série de etapas com os seguintes procedimentos:
-coleta de células progenitoras da medula óssea por punção medular aspirava direta ou por processadora automática;
-preparo e filtração do aspirado de medula óssea
-preparo para congelamento de células progenitoras da medula óssea
-estocagem por congelamento de células progenitoras da medula óssea
-descongelamento e processamento das células progenitoras da medula óssea.
Estes procedimentos tem cobertura prevista tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto pelo rol de procedimentos e eventos em saúde da Agência Nacional de Saude Suplementar (ANS).
Em circunstâncias especiais, quando há refratariedade ou recidiva de doença, o prognóstico sombrio de 5% de taxa de cura resultante desta terapia convencional, evidencia uma necessidade de intensificação da busca por novas opções terapêuticas. Os novos avanços tecnológicos têm permitido melhorar o tratamento das neoplasias hematológicas por meio de tratamentos inovadores, com maior especificidade para o alvo terapêutico e menor grau de toxicidade para o organismo, que têm vindo a substituir a quimioterapia convencional. É o caso da imunoterapia, que utiliza anticorpos monoclonais contra os marcadores de superfície expressos pelas células neoplásicas, como CD20, CD19 e CD22, conjugados, ou não, com fármacos citotóxicos como o blinatumumabe, usado pela paciente. Outras terapêuticas emergentes incluem os inibidores do proteossoma e os inibidores de tirosina-cinase e o transplante T CAR que constituem alternativas promissoras e têm vindo a ser autorizados em alguns países europeus.