NT 2023.0003823 Ca de colon Trifluridina_tipiracil - NATJUS TJMG
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Data
2024-08-01
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Resumo
O SUS disponibiliza cirurgia, radio e quimioterapia baseado em 5-
fluorouracil e leucovorin (5-fluorouracil - 5-FU infusional, leucovorin e
oxaliplatina – FOLFOX ou irinotecano – FOLFIRI). A DDT descreve a
utilização da quimioterapia adjuvante nos estágios III e no estágio II do
CCR, a critério médico, com a utilização dos esquemas terapêuticos
baseados em fluoropirimidina (5-fluorouracila ou capecitabina – para
casos em estágio II), associada ou não a oxaliplatina (para casos em
estágio III), e relata que não se encontra definido o papel da
quimioterapia com terapia alvo usando bevacizumabe ou cetuximabe no
tratamento adjuvante do CCR. As opções terapêuticas disponíveis para
o CCR com recidivadas, lesões obstrutivas ou hemorrágicas, metástase
pulmonar ou metástase hepática, como procedimento primário ou após
quimioterapia paliativa regional ou sistêmica são: radioterapia paliativa,
com finalidade antiálgica ou hemostática; quimioterapia paliativa
regional hepática ou sistêmica; ressecção cirúrgica para lesões
hepáticas ou pulmonares. A quimioterapia pré-operatória está indicada
para doentes com câncer de reto no estágio II ou III, associada à radioterapia.
Empregam-se esquemas terapêuticos baseados em fluoropirimidina. Não há
definição quanto ao papel da quimioterapia com oxaliplatina, irinotecano,
bevacizumabe ou cetuximabe previamente à cirurgia. A utilização do
cetuximabe, associado à quimioterapia paliativa sistêmica baseada em
fluoropirimidina, contendo ou não oxaliplatina ou irinotecano, é apontado na DDT para pacientes com metástases hepáticas
irressecáveis e ausência ou mínima doença metastática extra-hepática,
para permitir a resseção cirúrgica, porém o significado clínico em
termos de benefícios clínicos duradouros ou ganho de sobrevida são
desconhecidos. Neste contexto, o uso de esquema terapêutico contendo
cetuximabe ou bevacizumabe promoveu taxa de ressecabilidade maior
que controles históricos (ou seja, não randomizados e comparativos).
Ainda, segundo o PCDT de Câncer de cólon, o uso de quimioterapia
paliativa contendo cetuximabe ou panitumumabe é de limitada
aplicação prática, restrita a doentes com capacidade funcional 0 ou 1,
em 3
a
linha de quimioterapia, com expressão tumoral do gene KRAS
conhecida. Há limitada evidência sugerindo eficácia de métodos ablativos
térmicos (micro-ondas, radiofrequência e crioterapia) nesses pacientes.
O PCDT não aborda o uso de TAS-102.
Deve ser enfatizado, que na fase avançada da doença, como
descrito neste caso, os pacientes têm prognóstico bastante reservado
e os tratamentos devem procurar aumento em sua qualidade de vida,
conforme definido pela OMS. O uso da terapia em questão, conforme a
ANVISA só está aprovada para no CCRm previamente tratados, ou não
candidatos a tratamento, com quimioterapia à base de oxaliplatina,
fluoropirimidina, e irinotecano, uma terapia biológica anti-VEGF e, se
RAS selvagem, uma terapia anti-EGFR, o que não foi o caso deste
paciente. Também no caso em tela, não está explicitado a expressão
tumoral do paciente.