NT 2023.0004458 TDHA, TEA em adulto Escitalopran Venvanse NATJUS TJMG
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Data
2023-12-01
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Resumo
Estudos relatam que a terapia medicamentosa associada a
intervenções psicossociais é a maneira mais eficaz de lidar com os
sintomas de TDAH e seus prejuízos. O tratamento farmacológico,
quando necessário, baseia-se principalmente na administração de
substâncias psicoestimulantes do SNC e como referido pelo médico
do caso os medicamentos são sintomáticos e não curativos. Não deve
ser indicado para todos os pacientes, especialmente os com sintomas
secundários a fatores ambientais e/ou outros transtornos psiquiátricos
primários. O tratamento farmacológico, quando necessário baseia-se
principalmente na administração de substâncias psicoestimulantes do
SNC de curta, média e longa duração, como as anfetaminas, MPH
(ritalina®) e o LDX (venvanse®) que atuam como agonistas indiretos
desses neurotransmissores, que podem ser usados no TEA. Assim,
para a maioria dos adultos com TDAH sem comorbidades, a primeira
linha de tratamento são as anfetaminas, em vez de outros
medicamentos ou TCC. Na persistência dos sintomas substituir por
MPH, constituindo a segunda linha de tratamento, atomoxetina,
bupropiona, ou antidepressivos tricíclicos (como nortriptilina), nesta
ordem de opções. Pacientes com TDHA e condições clínicas
específicas são recomendadas as seguintes alternativas como
tratamento de primeira linha no TDHA associado ao abuso
atomoxetina; transtorno ativo por uso de estimulantes, o transtorno
deve ser tratado primeiro; depressão concomitante, tratamento com
bupropiona; transtornos de ansiedade generalizada ou social
concomitantes, a combinação de estimulante e um ISRS – sertralina,
paroxetina, citalopram, fluoxetina, como no caso em tela e pode ser o
usado o escitalopran. O ISRS deve ser iniciado primeiro e o
estimulante adicionado após melhora dos sintomas de ansiedade;
déficits proeminentes no funcionamento executivo, e a abordagem
com drogas anfetaminas é complementado pela TCC monoterapia em
pacientes internados ou psicoterapia.
No SUS o PCDT para orientar o diagnóstico e tratamento do TDAH
não recomenda o uso de MPH e LXD, pois as evidências que
sustentam a eficácia e a segurança destes tratamentos para TDAH são
frágeis dada sua baixa/muito baixa qualidade, bem como o elevado
aporte de recursos financeiros apontados na análise de impacto
orçamentário. Na Saúde Suplementar, conforme regulamentação da
ANS, não há fornecimento de medicamento de uso ambulatorial como
a LDX ou o escitalopram.