2024.0006307 TEA - NATJUS TJMG
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2024-09-11
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Resumo
✔Existe PCDT no SUS para tratamento farmacológico do autismo
✔Alterações na composição do microbioma intestinal foram con firmadas em crianças com TEA. entanto, os dados disponíveis
não permitem definir um perfil característico e único do TEA, e
alguns os resultados são conflitantes
✔Os ensaios clínicos que estudam a disfunção intestinal no au tismo ainda são limitados e heterogêneos.
✔Ensaios clínicos bem desenhados, randomizados e controla dos por placebo são necessários para validar a eficácia dos
probióticos no tratamento do TEA e para identificar as cepas, a
dose e o momento do tratamento apropriados.
✔O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um transtorno do neu rodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits per sistentes na comunicação e interação social e padrões repetitivos e
restritos de comportamento, interesses ou atividades.
✔Os sintomas tornam-se aparentes quando as demandas sociais ex cedem as capacidades limitadas. A gravidade é determinada pela
deficiência funcional e pode ser crítica na capacidade de acessar os
serviços.
✔ As estimativas de prevalência variam com a metodologia do estudo
e a população avaliada e variam de 1 em 40 a 1 em 500
✔A prevalência de TEA aumentou ao longo do tempo, especialmente
desde o final dos anos 1990, principalmente como resultado de mu danças na definição de caso e aumento da consciência.
✔Deficiência intelectual, transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade e epilepsia são comuns em crianças com TEA.
✔ A patogênese do TEA não é completamente compreendida. O
consenso geral é que o TEA é causado por fatores genéticos que
alteram o desenvolvimento do cérebro, resultando no fenótipo
neurocomportamental. Fatores ambientais e perinatais são
responsáveis por poucos casos de TEA, mas podem modular
fatores genéticos subjacentes.
✔ Trata-se de doença que patogênese não é completamente de finida e dessa forma o tratamento também não é bem definido
✔Programas intensivos de comportamento podem melhorar os sin tomas básicos de TEA e comportamentos mal-adaptativos, mas
não se deve esperar que levem a funções típicas.
✔Os programas intensivos de comportamento exigem alto grau de in tervenção (por exemplo, 30 a 40 horas por semana de serviços
intensivos individuais por dois ou mais anos e começando an tes dos cinco anos de idade) para obter maiores ganhos.
✔Deve ser avaliado o afastamento da criança por mais de 40 ho ras semanais (em torno de 08 horas por dia) da família uma vez
que várias intervenções de treinamento dos pais demonstraram
ter algum efeito sobre os sintomas de crianças com autismo.
✔O método ABA demonstra ser eficaz quando comparados com in tervenções de controle (por exemplo, educação especial), mas não
está claro se o ABA é superior a outros métodos de terapia compor tamental
✔Existem poucos estudos comparando ABA com outros modelos de
tratamento e esses estudos têm limitações metodológicas. Aqueles
realizados comparando ABA com um modelo baseado no relaciona mento de diferença de desenvolvimento individual (Floortime) e Tra tamento e educação de crianças com deficiência física e comunica ção relacionada (TEACCH) não encontraram nenhuma diferença na
eficácia
✔Não foram observados efeitos significativos para medidas de
sintomatologia do autismo, comportamento adaptativo,
comunicação social ou comportamentos restritivos e repetitivos com
utilização do método Denver
✔Na literatura não existem dados que comprovem a
eficiência/superioridade das terapias pleiteadas em
comparação com os tratamentos convencionais
✔Mais estudos são necessários para avaliar a eficácia e segurança do tratamento de
neurodesenvolvimento para esse fim e, até lá, as evidências atuais não suportam seu
uso rotineiro na prática.
✔Medicamentos como a risperidona e o aripiprazol são os dois únicos medicamentos
disponíveis reconhecidos pela Food and Drug Administration, principalmente para
tratar os sintomas comportamentais desse distúrbio. Essas drogas têm eficácia limitada
e alto potencial de induzir efeitos indesejáveis, comprometendo a adesão ao
tratamento.