NT 2024.0006166 Transferência tto Neoplasia Fígado - NATJUS TJMG

dc.contributor.authorNATJUS TJMG
dc.date.accessioned2024-10-03T18:03:35Z
dc.date.available2024-10-03T18:03:35Z
dc.date.issued2024-09-23
dc.description.abstractAs neoplasias malignas hepáticas primárias são o sexto tipo mais comum de neoplasia maligna e a quarta principal causa de morte relacionada ao câncer em todo o mundo. O carcinoma hepatocelular (CHC) representa 75 a 85% das neoplasias primárias do fígado. A grande maioria dos casos (90%) está associada ao desenvolvimento de cirrose. As infecções crônicas pelos vírus da hepatite B e vírus da hepatite C estão envolvidas em mais de 80% dos casos de CHC. O Brasil tem incidência anual de 3,5% em pacientes cirróticos. A mediana de idade é de 59 anos e 78% dos casos são masculinos. A ressecção é a principal opção terapêutica curativa para o paciente com CHC e com fígado não cirrótico. No entanto, a minoria dos pacientes (10% a 15%) apresentam condições clínicas e extensão tumoral compatíveis com realização deste procedimento cirúrgico no momento do diagnóstico. Portanto, o procedimento cirúrgico de ressecção hepática será indicada conforme o estado clínico do paciente e da quantidade prevista de parênquima hepático restante, a qual deve ser de aproximadamente 10% do peso corporal. A quimioterapia sistêmica paliativa pode resultar em benefício clínico (aumento de sobrevida de 2 a 3 meses), embora esteja associada ao risco de toxicidade, com incidência maior de neutropenia, trombocitopenia, neuropatia, alopecia, síndrome pé-mão, rash cutâneo, diarreia e hipertensão arterial sistêmica. Os pacientes com capacidade funcional comprometida (escore ECOG 3 ou 4) ou que apresentem grande extensão de doença (definido pela presença de, pelo menos, três dos seguintes achados: comprometimento pelo tumor maior que 50% do fígado, ascite, albumina sérica menor que 3 g/dL e bilirrubina total maior que 3 mg/dL) não devem receber terapia antineoplásica. Conforme a documentação apresentada, o paciente foi admitido com estado geral de saúde comprometido. Durante o período de atendimento, foi submetido aos procedimentos em conformidade com o quadro apresentado, foi levantada hipótese diagnóstica de carcinoma hepatocelular em estágio avançado. Consta que em poucos dias o paciente evoluiu para o óbito, apesar das medidas de suporte clínico que foram instituídas em conformidade com o grave e avançado quadro apresentado pelo paciente.
dc.identifier.urihttps://bd.tjmg.jus.br/handle/123456789/15850
dc.language.isopt
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