NT 2024.0006412 Bexiga neurogênica, estenose de uretra Cateter hidrofílico - NATJUS TJMG

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2024-09-17
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Ainda podem ser não hidrofílicos ou hidrofílicos. Os não hidrofílicos são os mais utilizados na prática clínica, quer pela disponibilidade, quer pelo baixo custo. Necessitam da utilização de gel lubrificantes que podem ser com ou sem anestésico. O uso de gel anestésico é indicado para diminuir o desconforto do paciente. Já os cateteres hidrofílicos podem ser revestidos com PVP, ou outros polímeros, que absorvem água na proporção de até 10 vezes o seu próprio peso. Expostos à água, se tornam escorregadios, reduzindo o atrito entre a superfície do cateter e a uretra durante a inserção. Sugere-se que o seu uso diminua o risco de infecções urinárias e suas complicações, além de minimizar o risco de lesões uretrais, com impacto positivo na qualidade de vida. As evidências que subsidia seu uso baseiam-se em revisão sistemática de estudos controlados randomizados e metanálises que comparam o uso de cateteres hidrofílicos e não hidrofílicos no CVI, em lesados medulares. Pela utilização de cateteres hidrofílicos registrou-se um efeito sumário de diminuição de risco relativo de infecções urinárias entre 16 e 19%, podendo variar entre menos de 1% e 35%. A redução de risco absoluto de infecções urinárias pela utilização dos cateteres hidrofílicos variou entre 3,2%, e 9,31%. Em relação ao desfecho episódios de hematúria foram obtidos resultados conflitantes, já que apenas uma metaánalise mostrou diferenças significativas entre os cateteres. Aspectos relativos a qualidade de vida e satisfação dos pacientes, mostraram maior satisfação e melhor qualidade de vida com o uso do cateter hidrofílico. As diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia apontam os cateteres hidrofílicos como a escolha para reduzir as complicações associadas ao cateterismo intermitente, já que tem o objetivo de facilitar a técnica de CVI, melhorar o conforto do usuário e reduz as complicações associadas ao CVI. O SUS oferece programas de manejo da bexiga neurogênico de acordo com a doença de base. Em julho de 2019, a CONITEC, tornou pública a decisão de incorporação do uso do cateter hidrofílico para cateterismo vesical intermitente em indivíduos com lesão medular e bexiga neurogênico, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde, após finalizar a consulta pública, sem entretanto definir as fontes de custeio. As principais justificativas para a concordância para tal incorporação foram menor frequência de trauma, de dor ou ardência da uretra e de infecções do trato urinário, melhora da qualidade de vida; manipulação mais fácil; melhora da autonomia e menor frequência de lesão à uretra. Entretanto a SIGTAB especifica os procedimentos de cateterismo e não o tipo de cateter a ser utilizado, deixando ao gestor local a escolha do material utilizado na Atenção Primária à Saúde, na Atenção Domiciliar e na internação hospitalar. Alguns municípios já incorporaram o uso do cateter hidrofílico em pacientes com lesão medular como o de São Paulo e Distrito Federal, conforme protocolos estabelecidos.
Descrição
Palavras-chave
Citação
Coleções