NT 1961 2020 - Micofenolato de mofetila - doença pulmonar intersticial - NATJUS TJMG
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Data
2020-08-20
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Resumo
trata-se de APO, 53 anos, em
acompanhamento reumatológico desde 2008 devido a diagnóstico de
sobreposição de esclerose sistêmica e artrite reumatóide. Ao
diagnóstico apresentava poliartralgia, fenômeno de Raynauld,
hieprgamaglobulinemia e anti RNP positivo. O MMF é um imunossupressor indicado pela ANVISA na
profilaxia da rejeição de órgãos e no tratamento da rejeição refratária do
transplante de fígado, coração e rins, e com essa finalidade
disponibilizado pelo CEAF SUS. Não existe previsão em bula do seu
uso na ES e nem no PCTD da ES.
Na literatura existem alguns estudos avaliando o uso do MMF.
Meta-análise demonstrou que o MMF foi uma opção segura no tratamento da DPI e se associou com estabilização de parâmetros
funcionais pulmonares, contudo, sem melhora estatisticamente
significativa na CVF e na difusão pulmonar. Há dados de ECR, que
avaliam a eficácia do uso do MMF na DPI em pacientes com ES,
demonstrando que o MMF apresentou resultados comparáveis ao uso
de CCF, inclusive, até, sugerindo mais robustez, seguido de placebo,
sendo mais bem tolerado e associado com menor toxicidade.
Atualmente, diversos autores e guidelines recomendam seu uso como
segunda linha de tratamento para as manifestações DPI da ES.
Entretanto não é recomendado PCDT da ES, uma vez que o MMF ainda
não possui essa indicação em bula aprovada pela ANVISA, sendo, seu
uso, considerado off-label e de risco único e exclusivo do médico e seu
paciente. Assim seu uso na ausência de resposta ao tratamento
disponível pelo SUS, ainda caracteriza terapia de exclusão, que requer
observação minuciosa dos critérios de risco/benefício.
Descrição
Palavras-chave
doença pulmonar intersticial, Micofenolato de mofetila