NT 2024.0006515 Osteartrite Synvisc (hilano)_ Bemove (colágeno tipo, colágeno, ácido hialurônico e glicosamino) - NATJUS TJMG
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Data
2024-10-08
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Resumo
Paciente de 46 anos com diagnóstico osteartrose avançada
do do joelho direito. Apresenta dor, limitação de ADM e dificuldade de
marcha. Fez uso de antiinflamatório, analgésico e colágeno e
fisioterapia, mantendo dor forte, limitação da ADM, falseios e derrame
articular. Necessita do uso de Synvisc-One 6ml – (hilano G-F 20); uso
contínuo, 1 ampola a cada 6 meses para controle da dor e amplitude do
movimento. Negativa da Secretaria de Saude de Boa Esperança com a
alegação de que o medicamento não faz parte do CEAF.
Este medicamento não consta na RENAME e não é fornecido pelo
SUS. Inexistem justificativas que demonstrem benefícios do seu uso em
relação as terapias disponíveis no SUS, já que o o resultado dos estudos
randomizados controlados envolvendo esta droga é contraditório. As
melhores evidências existentes até o momento, mostram que o uso da
glucosamina sulfatada/hidroclorídrica e da condroitina não produz
benefícios clinicamente relevantes em pacientes com osteoartrose do
joelho e do quadril (nível de evidência I e grau de recomendação A). Não
há benefícios na prescrição de glucosamina ou colágeno para pacientes
com osteoartrite de joelhos, tanto do ponto de vista do ponto de vista de
progressão de lesão, nem em controle de sintomas. Os trabalhos que
sugerem benefícios dessas medicações mostram importantes falhas
metodológicas em sua elaboração, com resultados contraditórios o que
compromete seus achados. A combinação de uma certa eficácia e baixo
risco como uso da glicosamina e condroitina podem explicar sua
popularidade entre os pacientes como um suplemento em prescrições
médicas. Os resultados de estudos envolvendo revisões sistemáticas,
metanálises e ensaios clínicos quanto a sua eficácia do uso do ácido
hialurônico não são conclusivos. Até o momento, não existem
justificativas técnicas que demonstrem os benefícios do uso de
hialuronato de sódio, pois não há consenso para indicação e mesmo
contraindicação do seu na osteoartrite sintomática do joelho (nível de
evidência I e grau de recomendação A, não sendo recomendado sua
inclusão ao SUS pela CONITEC.
Educação, fisioterapia, atividade física, controle do peso devem
ser parte do manejo não farmacológico da osteoartrite, que são capazes
de melhorar a força muscular, a mobilidade e coordenação, bem como
diminuir a necessidade do uso de Paracetamol e de consultas.
O PCDT da osteartrite e as Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Reumatologia recomendam o Paracetamol como droga de primeira
escolha na osteoartrite leve ou moderada e os antinflamatórios
ibuprofeno, prednisona, prednisolona e dexametasona, para os casos
inflamatórios mais intensos.