NT 2024.0006462 Pembrolizumabe - Tumor avançado multimetastático - NATJUS TJMG

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2024-11-12
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Resumo
No caso concreto, trata-se de paciente idosa fragilizada (status funcional não informado), que possui neoplasia maligna em estagio evolutivo avançado (IVC), multimetastático, sem possibilidade de terapêutica com finalidade curativa desde o estabelecimento do diagnóstico. A opção pelo uso inicial isolado do pembrolizumabe, ocorreu considerando o fato de que a paciente apresenta comprometimento do status funcional, que sequer suporta a introdução do tratamento quimioterápico sistêmico padrão. O tratamento paliativo de auto custo para pacientes com idade mais avançada, com comprometimento do status funcional e em estágio avançado da doença (IVC), é desafiado pela idade, presença de comorbidades e toxicidade do tratamento. É importante mencionar que não se decide por um tratamento imunoterápico paliativo de autocusto, considerando apenas a positividade do marcador tumoral (PDL-1 positivo 40%). Qualquer proposta terapêutica, principalmente de caráter paliativo, deve possuir uma real expectativa de agregar benefício para a paciente, considerando a relação (custo-benefício efetividade) em comparação com as terapias existentes. Lista de Preços Máximos de Medicamentos por princípio Ativo para Compras Públicas, publicada em 05/11/2024. Keytruda® (pembrolizumabe 100 mg /4 mL), R$ 32.042,80 para 200 mg a cada 03 semanas, por no mínimo seis meses. Ainda que se inicie terapia paliativa com o uso de pembrolizumabe, não há elementos técnicos que permita afirmar real expectativa de melhor resposta frente a terapia de agente único isolado, principalmente para tumores que tendem a ter maior heterogeneidade molecular, como é o caso das neoplasias malignas ginecológicas. A maioria dos tumores ginecológicos contém várias populações de células com propriedades moleculares específicas, dificultando a morte de todas as células tumorais usando um único mecanismo de ação. Dada a natureza dos cânceres ginecológicos, a expectativa de melhor resposta advém de uma proposta terapêutica combinada, com várias estratégias diferentes adotadas de forma individualizada, para se ter uma real expectativa de resposta mais duradoura para as pacientes, e impedir o desenvolvimento precoce de resistência à droga, ainda no curso do tratamento imunoterápico instituído. Apesar da recente aprovação pela ANVISA, para o uso do pembrolizumabe no tratamento do carcinoma endometrial primário avançado ou recorrente, não se identificam no caso em tela, elementos técnicos que permitam afirmar real expectativa de ganho de sobrevida livre de progressão com qualidade de vida, em virtude da introdução do uso isolado ou eventualmente combinado, do pembrolizumabe no contexto do tratamento paliativo para a paciente em tela, que justifique a relação custo/benefício/efetividade.
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