NT 2024.0005195 Síndrome do manguito rotador Cirurgia do manguito rotator - NATJUS TJMG

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2024-08-01
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Resumo
As LMR são fonte significativa de dor e disfunção do ombro variando de uma tendinite aguda a uma lesão maciça comprometendo todos seus componentes. Ocorrem principalmente em pacientes ao redor dos 40-60 anos e podem ser de origem traumática ou degenerativa. Sua patogênese é ainda obscura. A dor é o principal sintoma, principalmente durante as atividades cotidianas, sendo mais prevalente em mulheres e no lado dominante. Não há ainda um método adequado de tratamento e não existem estudos com alto nível de evidência que demonstrem qual a melhor conduta a ser tomada nas LMR. A identificação e a correção da causa ou das causas das lesões é muito importante. Os riscos e benefícios do tratamento cirúrgico e não-cirúrgico devem ser considerados e discutidos com o paciente. O tratamento conservador oferece a vantagem de evitar a cirurgia e as suas complicações inerentes. Suas desvantagens: possibilidade de recorrência dos sintomas e, mais importante, o agravamento da lesão e alterações degenerativas crônicas. O tratamento cirúrgico oferece a possibilidade de alívio da dor e, possivelmente, a prevenção de alterações crônicas. A depender do tipo de lesão ocorrida, o tratamento clínico com fisioterapia e mudanças de estilo de vida pode postergar o declínio funcional do manguito rotador. Todavia, na ruptura completa em algum tendão do manguito, o tratamento clínico não alcança bons resultados e indica-se o reparo cirúrgico. O tratamento cirúrgico varia de desbridamento da lesão, capsulotomia, à ressecção da mesma e reparo tendão-tendão ou tendão-osso, com ou sem acromioplastia, conforme o tipo de lesão. Pode ser realizado por via aberta convencional transdeltóidea, artroscopicamente assistido ou por via totalmente artroscópica. São candidatos ao tratamento cirúrgico as lesões parciais (não transfixantes) com insucesso após um tratamento não-cirúrgico bem conduzido; lesões bursais; lesões tendinhas mas articulares; lesões articulares por impacto póstero-superior de atleta arremessador e lesões completas (transfixantes). A localização, espessura e dimensões da lesão ditarão o procedimento a ser realizado. No SUS o tratamento cirúrgico da LMR, encontra-se descrito e disponível no SIGTAB, como procedimento de reconstrução dos tendões que compõem o manguito rotador, por meio de tenorrafia, transposição tendinoso e descompressão por via aberta ou videoartroscópica códigos respectivos 04.08.01.014-2 e 04.08.06.071-9. Este procedimento é considerado de média complexidade, cabendo ao município prover os fluxos necessários a sua realização. Assim sendo, o caso em tela não trata de solicitação de tratamento/procedimento que seja diverso ou não contemplado pelo SUS e que requeira avaliação de imprescindibilidade, substituição ou não pelo NATJUS, mas trata-se de tratamento disponível no SUS, sendo necessário a melhor articulação de fluxos para sua realização, competência esta, como já dito, do gestor local Ipatinga.
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